Cinegrafista amador registrou o parto, na porta de hospital; veja as imagens.
Secretaria vai apurar se houve negligência na unidade de saúde.
Imagens de um cinegrafista amador mostra o momento em que uma mulher dá
à luz uma menina em frente ao Hospital Barata Ribeiro, na Mangueira,
neste sábado (20), como mostrou o RJTV (veja na reportagem acima).
Sem conseguir atendimento, Leilane da Silva, 22 anos, contou com ajuda
de policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Mangueira para
fazer o parto, sobre uma calçada.
Na tarde desta segunda (22), mãe e
filha tiveram alta do Hospital Maternidade Fernando Magalhães, em São
Cristóvão, para onde foram levadas após o nascimento. O bebê, que se
chamaria Kémylle, ganhou um segundo nome, em homenagem à superação:
Vitória.
P
“Kémylle. Kémylle Vitória. Porque de tudo que passou e tá bem de saúde
graças Deus”, disse a mãe, que tem Nascimento como segundo sobrenome.
“[Estou] Feliz que está tudo bem.”
A mãe saiu de casa em trabalho de parto. Não deu tempo de chegar à
maternidade. “Ela não aguentou nem pegar ônibus, táxi. Peguei ela no
colo, a bolsa estourou e a neném saiu. Eu deitei ela no chão, policial
veio dar assistência”, narrou o pai, Carlos da Silva.
Os soldados Lucas Costa e Marcondes de Souza, que ajudaram no parto,
buscaram socorro no hospital municipal, referência em ortopedia e
cirurgia plástica, mas nenhum profissional apareceu para ajudar. Um dos
PMs tirou a camisa para cobrir o bebê. Kémylle nasceu com 2 dois quilos e
cem gramas. O nascimento foi registrado por um cinegrafista amador. A
blusa do policial vai ficar como recordação, para Leilane contar a
história à filha.
Sindicância aberta
A Secretaria Municipal de Saúde informou que o caso será apurado com rigor. Uma sindicância vai ser aberta e funcionários do Barata Ribeiro que estavam trabalhando na manhã de sábado serão ouvidos. A assessoria disse que ainda é cedo para dar detalhes sobre a suposta omissão de socorro e qual o prazo para a conclusão da investigação interna.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que o caso será apurado com rigor. Uma sindicância vai ser aberta e funcionários do Barata Ribeiro que estavam trabalhando na manhã de sábado serão ouvidos. A assessoria disse que ainda é cedo para dar detalhes sobre a suposta omissão de socorro e qual o prazo para a conclusão da investigação interna.
Fonte: G1