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| Parte do tronco do Pé de Angico |
Falo do notável pé de angico da rua Professor Arquimedes Memória com à avenida Dr Darcí Corrêa. Avenida que foi aberta na administração da ex-prefeita Toínha Carlos, para um melhor escoamento do trânsito de nossa cidade, e que na sua construção, ficou uma espécie de "curva quadrada", angular, assim foi feita para respeitar, no sentido de preservar toda a imponência do grande e frondoso Pé de Angico.
Pé de Angico que presenciou muitas histórias. Pé de Angico do caminho das Pedrinhas, quando muitas vezes por debaixo dele passei, nas idas e voltas da casa de minha avó Quitéria Mendes de saudosa memória, Pé de Angico que nos deu sombra para as nossas brincadeiras de crianças. Ontem senti meus olhos marejarem de lágrimas, ao vê-lo tombar, vi sua queda, como se fosse sua agonia para a morte. Mais triste fiquei ao vê minha filha de 11 anos de idade em prantos, senti que pra ela não se tratava de apenas uma simples árvore que tinha sido cortada, mais de uma vida que faria falta, por suas variadas funções para o equilíbrio da natureza. Com as lágrimas de minha filha, enchi o meu coração de esperança, confiante nas futuras gerações, que penso terão uma maior consciência ambiental do que nós... os devastadores!
É mais uma árvore que se vai, que abre caminho para que o progresso seja erguido. A informação levantada, é que a morte do Pé de Angico se deu, para o nascimento de mais um grande comércio em Ipu, do tipo mercantil, que trará muitos empregos, enfim é a geração de emprego e renda. Todavia fica o questionamento; Por que o chamado progresso, em muitos casos, tem que ser em detrimento da natureza? Era necessário a queda de mais um árvore? Que segundo dizem, os mais experientes, o Pé de Angico em questão, seria uma árvore centenária, com muito mais de 100 anos.
Confira imagens depois de sua queda:
Nome científico:Anadenanthera falcata. Nome comum: Angico-do-cerrado, angico-do-campo, arapiraca, curupaí, pau-de-boaz. Família: Fabaceae – Mimosoideae.
espécie pioneira, pode atingir alturas de 8 a 16 m de altura, com tronco revestido por grossa casca suberosa, de 30-50 cm de diâmetro. Madeira pesada, compacta, não elástica, rija, de grande durabilidade sob condições naturais. Sua madeira é própria para construção civil, como vigas, caibros, tábuas para assoalhos, dormentes e para uso em carpintaria e marcenaria. A casca serve para curtir couro. A árvore apresenta características ornamentais, principalmente pela forma retorcida e exuberante de seus ramos, podendo ser empregada no paisagismo em geral. É uma espécie pioneira, rústica e adaptada a terrenos secos e ótima para plantios mistos em áreas degradadas e de preservação permanente.
