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África: Epidemia do Ebola está prestes a explodir caso não se intervenha rapidamente

A epidemia do vírus Ebola, que já está devastando faixas do oeste africano, irá provavelmente piorar nas semanas e meses seguintes a menos que os compromissos internacionais aumentem imediatamente e significativamente, nova pesquisa prevê.
Um time de sete cientistas da Yale’s Schools of Public Health e da Ministry of Health and Social Welfare in Liberia desenvolveram um modelo matemático representando a transmissão da virose e aplicaram-no no condado mais populoso da Liberia, Montserrado, uma área já duramente atingida. Os pesquisadores determinaram que dezenas de milhares de novos casos de Ebola – e mortes – são passíveis de acontecer até 15 de Dezembro se a epidemia continuar no seu curso.
 
“Nossas previsões destacam a necessidade urgente de controlar o surto, em virtude de prevenir uma catástrofe nos próximos meses”, diz Alison Galvani, professor de epidemiologia na Yale’s Schools of Public Health e autor sênior do paper. “Embora ainda estejamos na fase intermediária do que pode ser visto como a fase mais cedo do surto, a possibilidade de uma calamidade acontecer por conta de uma fraca resposta de controle está rapidamente subindo”.
Muito desse sofrimento – cerca de 97.940 casos – poderiam ser evitados se a comunidade internacional intensificar as medidas de controle imediato, começando em 31 de Outubro, o modelo prevê. Isso iria certamente requerer uma ampliação dos centros de tratamento do Ebola,  um aumento de cinco vezes na velocidade de detecção de infecção e a distribuição de kits de proteção para parentes de pacientes que estão aguardando tratamentos. O estudo cita que, na melhor das hipóteses, pouco mais da metade dos casos (53.957) pode ser evitada se as intervenções atrasarem para 15 de Novembro. Se todos os requisitos tivessem sido cumpridos até 15 de Outubro, o modelo calcula que 137.432 casos poderiam ter sido evitados futuramente em Montserrado.
Há aproximadamente 9.000 casos relatados e 4.500 mortes da doença na Liberia, Serra Leoa e Guiné desde que o último surto começou. E, pela primeira vez, casos de cura do Ebola foram confirmados – em pessoas responsáveis pelo tratamento de infectados nos Estados Unidos e em partes da Europa.
“A estratégia global atual é inadequada para parar a epidemia do Ebola”, diz o co-autor Frederick Altice, co-autor do estudo e professor no  Yale’s Schools of Public Health. “No mínimo, é preciso investir na construção de centros de tratamento em ordem de evitar mortes desnecessárias de dezenas, se não centenas, de milhares de pessoas”
Fonte: http://climatologiageografica.com/