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Estado Islâmico usa refém inglês em vídeo para dizer que domina Kobane

Cidade síria perto da Turquia é disputada por jihadistas e forças curdas. 
Jornalista John Cantlie foi em 2012 para a Síria, onde foi capturado. 
Em vídeo divulgado pelo Estado Islâmico, John Cantlie diz estar em Kobane e que cidade está controlada pelo grupo (Foto: Reprodução/Youtube/محمد المصري)
O grupo Estado Islâmico (EI) divulgou nesta segunda-feira (27) um vídeo em que seu prisioneiro britânico John Cantlie diz estar em Kobane, cidade síria perto da fronteira da Turquia que é palco de combates entre os militantes islâmicos e forças curdas, que contam com o apoio de ataques aéreos dos Estados Unidos. Segundo ele, o EI tem o controle da cidade. Assista.

Cantlie, jornalista que trabalhou para grandes jornais britânicos, foi em novembro de 2012 para a Síria, onde foi capturado pelo grupo. Ele já tinha aparecido em outros vídeos, com uniforme laranja em uma sala escura, dizendo algumas “verdades” sobre o grupo jihadista.

Desta vez Cantlie aparece ao ar livre, em um cenário aparentemente calmo e com alguns edifícios destruídos.

No vídeo, o jornalista diz que a cidade está totalmente controlada pelo EI, “apesar dos contínuos ataques aéreos dos Estados Unidos”.

Não há indicação de quando o vídeo foi filmado, mas Cantlie se refere a uma notícia difundida pela rede BBC no dia 17 de outubro e às declarações de um porta-voz militar americano em 16 de outubro.

Cantlie diz que a imprensa e as autoridades ocidentais têm dito recentemente que o EI tem se retirado da cidade, mas que, na realidade, não vê nenhum jornalista ocidental na cidade. “Tudo o que tenho visto aqui na cidade são militantes do EI (...) e definitivamente eles não estão fugindo”, diz.
Segundo Cantlie, os ataques aéreos dos EUA conseguiram prevenir que alguns grupos do EI usasse tanques para atacar a cidade. Mas, no lugar disso, eles estão entrando na cidade usando armas e entrando de casa em casa. “A Batalha de Kobane está chegando ao fim”, diz.

O vídeo também mostra imagens aéreas da cidade, apresentadas como sendo de um "Drone do Exército do Estado Islâmico", que mostram uma cidade destroçada pelo conflito.
De acordo com um comunicado do Observatório Sírio de Direitos Humanos, que não menciona as vítimas dos ataques da coalizão internacional anti-jihadista, em 40 dias a "Batalha de Kobane" fez mais de 800 mortos, incluindo 481 jihadistas, 302 combatentes curdos e 21 civis.

No começo de outubro, a família de Cantlie divulgou um comunicado em que implorou ao EI que retome o diálogo interrompido com a família.
"Estávamos em contato com eles, mas isto foi interrompido por razões que vocês sabem", declarou Jessica Cantlie. "Imploramos ao EI que retome o contato direto".

O apelo ocorre após o EI decapitar quatro reféns: os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff, o voluntário humanitário britânico David Haines, e outro britânico, Alan Henning, um taxista que transportava ajuda para a população síria.

O pai de Cantlie, que chegou a divulgar um vídeo da cama do hospital para pedir a soltura do filho, morreu na semana passada.
Imagem feita por drone do Estado Islâmico mostra o que seria a cidade síria de Kobane, na fronteira com a Turquia (Foto: Reprodução/Youtube/محمد المصري) 
Imagem feita por drone do Estado Islâmico mostra o que seria a cidade síria de Kobane, na fronteira com a Turquia (Foto: Reprodução/Youtube/محمد المصري)
 
 
Fonte: G1