O
Delegado da regional de policia civil do Crato afirma que faltam ser
inseridas no inquérito várias informações, para que os crimes sejam
esclarecidos.
Foto Elizangela Santos
Dois homens morreram
durante um tiroteio e um policial saiu ferido, na noite de sábado, em
Crato. O duplo homicídio foi registrado na rua Fortaleza, 54, no bairro
Pantanal. O policial Wellington Freire de Sousa Júnior, conhecido como
‘Júnior Quebra Osso’, foi ferido com um tiro no peito e é acusado de ter
atirado contra uma das vítimas. Ele encontra-se internado no Hospital
São Francisco, no Município, escoltado pela polícia.
O policial recebeu
ordem de prisão e ainda dará depoimento sobre o que aconteceu na cena do
crime. Ontem, a defesa do policial militar, que atua em Crato,
conforme o delegado da regional do Crato, Diogo Galindo, solicitou a sua
transferência para um hospital de Barbalha, já que o tiro chegou a
atingir o pulmão da vítima.
Há indícios de ligação
do duplo homicídio com o crime ocorrido contra o policial Cícero Soares
da Silva, falecido no último dia 14, após ter sido baleado 10 dias
antes, durante assalto na cidade de Barbalha.
Os dois mortos durante a
troca de tiros, ambos com passagem pela polícia, foram Antônio Jorge da
Silva, de 22 anos, conhecido por ‘Delegado’, que tombou em sua própria
residência, e era apontado como traficante de drogas, e Williams Barbosa
da Silva, de 31 anos, de Juazeiro do Norte. Ele acompanhava o policial e
foi indicado como informante de Wellington.
De
acordo com as testemunhas ouvidas na delegacia, na madrugada deste
domingo, o autor dos disparos contra ‘Delegado’ foi o policial
Wellington. Segundo Diogo Galindo, a vítima estava em casa quando foi
surpreendida com a chegada de dois indivíduos, um deles o policial
militar do Crato.
Após uma discussão houve a troca de tiros, e o
policial foi baleado. Por conta dos depoimentos acusando o policial, ele
recebeu ordem de prisão e está sob escolta no hospital. “O colega que
estava com ele faleceu no local do crime”, afirma.
O
delegado afirma que ainda está aguardando o resultado da perícia, para
saber os detalhes do crime, e quem, na verdade, atirou contra as
vítimas. Nenhuma das armas foram vistas no local do crime, e a polícia
está realizando investigações no sentido de encontrá-las.
A defesa alega
que o policial não chegou a atirar em ‘Delegado’, já que estava
esperando o seu informante de frente à casa, em uma moto, onde foi
baleado. O policial não estava a serviço, e também deverá esclarecer o
motivo de ter ido até a casa Antônio Jorge da Silva.
Defesa alega que policial não atirou em ‘Delegado’
Segundo
a defesa de Wellington Freire de Sousa Júnior, representada pelo
advogado Décio Almeida Peixoto, a intenção do policial ir até o local,
foi para verificar se a pistola .40, pertencente ao soldado morto em
Barbalha, estava sendo vendida por ‘Delegado’.
Ele obteve a informação
por meio de Willams. “Na verdade, ele sequer chegou a entrar na casa.
Notou que havia ocorrido uma briga, mas não sabe quem matou quem, e
depois recebeu o tiro do lado de fora da casa”, afirma.
Conforme o
delegado, até hoje também não foi encontrada a arma do policial. E as
investigações, para o esclarecimento desses casos, continua. Mesmo esses
crimes acontecendo por volta das 18 horas, foi dada entrada na
delegacia quase meia-noite.
Fonte: Diário do Nordeste