O Tribunal de Justiça do Ceará negou nesta quarta-feira (24) habeas corpus a Francisco Pereira da Silva, acusado de pagar pelo assassinato do radialista GLEYDSON CARVALHO, morto a tiros quando apresentava um programa na Rádio Liberdade FM, em Camocim, no dia 8 de agosto de 2015.
Francisco Pereira da Silva foi denunciado
por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e mediante a
recurso que dificulte a defesa da vítima) e organização criminosa armada. A
defesa alegou "falta de fundamentação na decretação da prisão" ao
solicitar a liberdade do acusado.
Ele foi preso em dois de dezembro de 2015,
na cidade de Martinópole (a 334 km da capital). Ele é apontado nos depoimentos
como sendo um dos financiadores da morte do radialista.
Segundo o relator do processo, desembargador
Mário Parente Teófilo Neto, a prisão do réu "está devidamente
fundamentada" na garantia da ordem pública, “as circunstâncias do fato
comprovam a especial gravidade do delito atribuído ao paciente [acusado] e seus
comparsas, revelando sua periculosidade ao meio social”. O magistrado destacou
ainda que a liberdade dele colocaria em risco a segurança das testemunhas.
Crime
Segundo a Polícia Militar, dois homens contratados chegaram à rádio dizendo que queriam fazer um anúncio, logo em seguida, renderam a recepcionista. Eles invadiram o estúdio onde Gleydson apresentava um programa, dispararam contra o radialista e fugiram.
Segundo a Polícia Militar, dois homens contratados chegaram à rádio dizendo que queriam fazer um anúncio, logo em seguida, renderam a recepcionista. Eles invadiram o estúdio onde Gleydson apresentava um programa, dispararam contra o radialista e fugiram.
Segundo testemunhas, na hora do homicídio, a
transmissão estava com programação musical. A vítima chegou a ser socorrida e
levada para o Hospital Deputado Murilo Aguiar, mas morreu no caminho.
Gleydson Carvalho era conhecido na cidade
por ser apresentador de um programa que faz denúncias contra políticos da
região.
As imagens de câmeras de segurança mostram
os dois suspeitos em frente ao local de trabalho da vítima três dias antes do
crime. Segundo o Ministério Público do Ceará, o crime foi motivado por críticas
políticas que o radialista fazia em seu programa.
O órgão denunciou sete pessoas por
envolvimento no planejamento e morte do radialista, assassinado em 6
de agosto. Carvalho foi baleado durante a apresentação de um programa na
emissora.
Fonte: G1 Ceará