Jovem
de 28 anos morre após convulsão em posto de combustíveis em Palhoça;
caso é tratado como morte suspeita e investigação aguarda laudos
periciais.
Um
jovem de 28 anos morreu após sofrer uma convulsão em um posto de
combustíveis em Palhoça, na Grande Florianópolis, momentos após uma
briga com a esposa. O caso é investigado pela Polícia Civil de SC como
morte suspeita.
O
jovem era pai de uma bebê e costumava compartilhar momentos com a filha
nas redes sociais. Nas publicações, ele aparecia sorridente ao lado da
criança e da companheira, demonstrando envolvimento ativo na criação da
filha, nascida há menos de um ano. A perda repentina gerou grande
comoção entre amigos e familiares.
Segundo
os relatos, a vítima chegou ao posto dirigindo um carro branco, comprou
um refrigerante na loja de conveniência e voltou para o veículo. Pouco
depois, começou a passar mal e foi socorrido pelo SAMU, que o encaminhou
ao hospital. Apesar dos esforços da equipe médica, ele não resistiu e
faleceu dias depois.
Segundo
o relato de familiares do jovem à polícia, a própria companheira teria
mencionado, logo após o ocorrido, que ele havia ingerido veneno. A
declaração reacendeu um alerta entre os familiares, principalmente por
conta de um histórico relacionado à sogra da vítima.
Detalhe do passado levanta suspeita
Em
2023, a sogra do jovem teria confessado por telefone que colocou veneno
de rato na comida do próprio companheiro. Na ocasião, o homem foi
internado inconsciente em uma UPA e posteriormente transferido em estado
grave para a UTI de um hospital da região.
À
época, após o envenenamento, ela se internou voluntariamente em uma
unidade psiquiátrica e, ao receber alta, teria afirmado que compraria
uma arma e mataria quem tentasse impedi-la de visitar o marido. O caso
foi documentado pela polícia e anexado aos prontuários médicos da época.
Além
disso, o Conselho Tutelar, com apoio da Polícia Militar, interveio em
uma situação envolvendo o filho da mesma mulher, uma criança com
autismo, que precisou ser retirada do ambiente familiar após ameaças.
Tentativas de impedir a divulgação
Após
o falecimento do jovem, a companheira afirmou que não autorizava a
publicação da história e declarou que apenas ela poderia decidir sobre a
exposição da imagem do marido. Um advogado também contatou a equipe de
reportagem, solicitando que os nomes dos envolvidos e o teor do ocorrido
não fossem revelados.
Apesar
do pedido, o Jornal Razão optou por noticiar o caso dentro dos
princípios da ética jornalística, resguardando os nomes dos envolvidos e
mantendo o foco na apuração dos fatos.
Câmeras e laudo serão decisivos
A
defesa da família da esposa sustenta que as imagens do posto mostram
que o jovem teria ingerido as substâncias voluntariamente, sem a
interferência de terceiros. No entanto, a Polícia Civil trata o caso
desde o início como morte suspeita e aguarda a conclusão de laudos
periciais para definir o rumo da investigação.
O inquérito segue em andamento.
*Via Jornal Razão