Um
advogado de 28 anos foi preso nesta segunda-feira (12) sob a suspeita
de ter colocado um artefato explosivo em um terminal de ônibus de
Curitiba, no final de março.
A
bomba foi descoberta por um vigilante do Terminal do Boqueirão por
volta das 7h da manhã. Ele notou uma sacola com panfletos políticos
liberando fumaça e acionou imediatamente as autoridades policiais.
O
Esquadrão Antibombas da Polícia Militar (PM) confirmou o risco e
realizou uma explosão controlada do dispositivo. Segundo a PM, a bomba
não detonou sozinha devido a uma falha no equipamento de detonação.
O
suspeito, que trabalha em um banco estatal e não possuía antecedentes
criminais, foi alvo de uma operação policial que resultou na apreensão
de dois revólveres e materiais como fitas adesivas e fios de cobre,
semelhantes aos utilizados na confecção do explosivo.
Ademais,
a polícia encontrou perucas que teriam sido usadas pelo suspeito como
parte de uma estratégia para dificultar sua identificação.
De
acordo com as investigações, ainda não é possível determinar os motivos
que levaram o advogado a deixar a bomba no terminal de ônibus. Ele
deverá responder pelo crime de explosão, cuja pena varia de três a seis
anos de prisão, além de multa.
Imagens
de câmeras de segurança registradas no dia do crime foram divulgadas
pela polícia e mostram o suspeito utilizando um capuz preto, máscara,
óculos e luvas.
As
investigações revelaram que o homem se deslocou até o terminal
utilizando um ônibus do transporte coletivo e pagou a passagem com um
cartão avulso, também com o intuito de evitar o rastreamento. A polícia
apurou ainda que o suspeito arquitetou o plano utilizando disfarces,
trocas de roupas e rotas alternativas para tentar escapar da
identificação.
Um
dos mandados de busca e apreensão foi cumprido nesta segunda-feira em
uma casa alugada no bairro Ganchinho, onde o suspeito foi visto em
diversas ocasiões. A polícia acredita que o local pode ter sido
utilizado para o planejamento do crime.
Gazeta Brasil