Tentativa de assassinato no dia da eleição liga “laranja” de prefeito foragido à GDE e contratos milionários.
Maurício
Gomes Coelho, ex-vigilante e empresário com capital social declarado de
R$ 8,5 milhões, foi denunciado por tentativa de homicídio contra o
motorista de Carlos Alberto Queiroz, o "Bebeto do Choró", de quem é
apontado como laranja.
O crime ocorreu em 6 de outubro de 2024, dia da
eleição, em Canindé, logo após a vítima ter se encontrado com Bebeto em
um posto de combustíveis. A investigação revelou que Maurício ordenou a
execução, intermediada por Francisco Flávio Silva Ferreira, o "Bozinho",
líder da facção Guardiões do Estado (GDE), e executada com apoio de
outros quatro membros: Micael Santos Sousa ("Teo"), Antônio Daniel Alves
Ribeiro ("Niel"), Francisco Gleidson dos Santos Freitas e Tamires
Almeida Ribeiro.
A vítima sobreviveu e relatou que já vinha sendo
ameaçada por Maurício, inclusive com a tentativa frustrada de
envolvimento de um chefe do Comando Vermelho para autorizar o crime, sob
alegação de que o motorista era informante da polícia. Segundo o
Ministério Público e a Polícia Federal, Maurício é usado como interposto
por Bebeto, atualmente foragido, e sua empresa MK Transportes
movimentou R$ 318 milhões em contratos com prefeituras.
Em outubro de
2024, a PF realizou buscas em seus imóveis em Fortaleza, encontrando
máquina de contar dinheiro, sacolas e um celular com senha liberada. Ele
foi preso em 8 de novembro em um condomínio de alto padrão com uma
pistola 9mm, munições, colete balístico, rádios comunicadores e
celulares. Posteriormente, foi denunciado pelo MPCE por porte ilegal de
arma de fogo de uso restrito, com documentos vencidos e em desacordo com
a legislação.
Blog César Wagner