Um
caso chocante de violência doméstica abalou os moradores de São
Gonçalo, no Rio de Janeiro, na noite de 4 de junho. Um pastor evangélico
esfaqueou a própria irmã após uma discussão por um motivo banal: xixi
na tampa do vaso sanitário. A vítima, atingida por três golpes de faca,
está internada em estado grave no Hospital Estadual Alberto Torres
(HEAT), no bairro Colubandê.
De
acordo com a Guarda Municipal, agentes da Patrulha Maria da Penha foram
acionados após a mulher dar entrada na Unidade Municipal de Pronto
Atendimento (UMPA) do Pacheco com ferimentos graves. Uma das facadas foi
tão profunda que precisou de drenagem de emergência. No hospital, a
vítima e uma amiga, que testemunhou o crime, contaram que a briga
começou por causa de um desentendimento simples: o pastor teria urinado
na tampa do vaso, o que irritou a irmã. A discussão rapidamente escalou
para uma agressão violenta.
Pressão de traficantes e prisão
Após
o ataque, o pastor fugiu, mas foi pressionado por traficantes do bairro
Amendoeira, onde mora, a se entregar. Dois homens o levaram de moto até
a 74ª Delegacia de Polícia (Alcântara), onde ele confessou o crime.
Antes de ser encaminhado à carceragem, o agressor precisou passar pelo
Pronto Socorro Central por causa de um pico de pressão arterial. Ele foi
transferido para a 73ª DP (Neves), onde permanece preso, enquadrado na
Lei Maria da Penha por violência doméstica.
Repercussão e indignação
O
caso gerou revolta na comunidade, especialmente por envolver um líder
religioso, figura que muitos esperam ser exemplo de conduta. Moradores
do bairro Amendoeira, que preferiram não se identificar, expressaram
choque com a violência desencadeada por um motivo tão trivial. A vítima
segue sob cuidados intensivos, e seu estado de saúde ainda preocupa.
As
autoridades reforçam que a Lei Maria da Penha, usada para enquadrar o
pastor, é uma ferramenta essencial para combater a violência contra
mulheres, mesmo em casos envolvendo familiares próximos. A investigação
segue em andamento para esclarecer todos os detalhes do crime, enquanto a
população de São Gonçalo cobra justiça e medidas para prevenir novos
episódios de violência doméstica.
Via portal CM7