Quadrilhas do CE que aplicaram golpes bancários de mais de R$ 10 milhões são denunciadas pelo MPF
Ao
todo, 10 pessoas são suspeitas de integrarem a quadrilha. A
procuradoria do MPF de São Paulo, à frente da denúncia, pediu a prisão
temporária dos envolvidos.
Operação foi deflagrada no dia 27 de março deste em Fortaleza. 10 pessoas foram presas com forte armamento e vários cartões. / FOTO: ALEX COSTA
O
Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo denunciou nesta
quarta-feira (28) doisgrupos de estelionatários por fraude bancária
envolvendo envolvendo a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú,
Bradesco e Santander. Um dos denunciados, liderava uma quadrilha
conhecida como Mel de Canindé.
A
fraude, realizada principalmente no Estado do Ceará, consistia na
clonagem de cheques roubados e comercialização de contas correntes em
nomes de "laranjas" para que depósitos e saques pudessem ser feitos.
Além do Ceará, as duas quadrilhas atuaram em São Paulo, Alagoas, Piauí,
Maranhão, Paraíba eDistrito Federal.
A
denúncia partiu da operação Cártula, deflagrada na ultima terça-feira
(27) pela Polícia Federal e que deve resultar na prisão de dez pessoas,
que se dividiam em dois grupos.
No
dia 27 de março deste ano, a Polícia Federal deflagrou a operação no
estado que resultou na prisão de 10 pessoas. Um dos líderes da
quadrilha, era ex-soldado e já pertenceu a um bando que assassinava
policiais. Atualmente, comandava o tráfico de drogas em uma comunidade
da Capital. No total, 10 pessoas foram presas no Estado.
De
acordo com a denúncia, os grupos obtinham senhas de contas correntes da
Caixa cujo saldo fosse superior a R$ 20 mil. Então, cheques roubados de
outros bancos eram adulterados com dados dessas contas e depositados em
outras em posse de "laranjas". Depois, os valores eram transferidos
para contas em posse dos denunciados.
O MPF estima quo prejuízo tenha chegado a R$ 10 milhões às vítimas.
Segundo
o MPF-SP, um dos grupos era comandado pelo ex-policial militar do
Ceará, Antônio Ferreira Araújo, conhecido por Junior. O acusado teria
sido expulso da coorporação após ser acusado de porte ilegal de armas,
coubo qualificado, receptação e até homicídio. Junior é suspeito de
manter ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital
(PCC).
Ainda
segundo o Ministério Público de São Paulo, José Damião de Souza
Rodrigues e Márcio Jacome Lopes, comandavam o outro grupo da quadrilha.
Damião estava preso após ser apontado como o suspeito de liderar uma
quadrilha especializada em assassinar policiais do estado. Após ser
solto, ele se juntou à quadrilha e coordenou as fraudes.
A procuradora Karen Louise Kahn, à frente da denúncia, pediu a prisão temporária dos envolvidos.
Além
do crime de estelionato, os grupos são acusados de formação de
quadrilha, lavagem de dinheiro e obtenção de vantagem ilícita.
Fonte: Diário do Nordeste