A vitima de apenas 18 anos foi estrangulada, ferida com uma tesoura e teve o corpo coberto por colchão em chamas
O crime ocorreu dentro da casa da vítima. A Polícia encontrou uma embalagem contendo álcool e uma tesoura. Segundo a Polícia, o material foi levado pelo suspeito, que já teria a intenção de matar a namorada
O crime ocorreu dentro da casa da vítima. A Polícia encontrou uma embalagem contendo álcool e uma tesoura. Segundo a Polícia, o material foi levado pelo suspeito, que já teria a intenção de matar a namorada
FOTO: RUI NÓBREGA

Ivan Thiago dos Santos, 22, foi preso por policiais militares do 17º BPM . Ele confessou o crime na Delegacia
Uma jovem de 18 anos foi morta carbonizada pelo próprio namorado
em uma residência na Avenida J, no Conjunto Ceará. O rapaz de 22 anos
foi preso minutos após o crime e acabou confessando o assassinato.
Beatriz
Cândido da Silva era mãe de três crianças, de idades entre 1 e 4 anos.
Foi casada durante cinco anos e residia em Canoa Quebrada com o
companheiro, mas há três meses decidiu se divorciar e mudou para
Fortaleza, morando nas proximidades da casa da mãe e das irmãs. Depois
de um mês na Capital, Beatriz conheceu Ivan Thiago dos Santos, 22, com
quem manteve um relacionamento amoroso. Eles chegaram a morar juntos na
casa de Beatriz, mas as brigas eram constantes.
A
mãe de Beatriz, a dona Maria Lúcia, 53, disse que eles terminavam o
namoro, mas depois voltavam. Beatriz teria terminado o primeiro
casamento, pois o marido
trabalhava muito e Thiago era um bom namorado. "Ele era carinhoso com
ela, mas tinha muito ciúme. Eles brigavam, mas depois ela voltava o
namoro. Ele gostava das crianças também", explica a mulher que ficou
sabendo do crime pelos vizinhos que presenciaram a casa de Beatriz em
chamas. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas os vizinhos já haviam
apagado o fogo e se deparado com o corpo da moça carbonizado embaixo de
um colchão. Uma tesoura estava sobre a mesa e todos os móveis do quarto
foram queimados.
A prisão
Após
tomar conhecimento do caso, os policiais do 17º BPM, do Conjunto Ceará,
se dirigiram até a residência da vítima e colheram informações com a
Divisão de Homicídios e Proteção
à Pessoa (DHPP). O capitão Arnaldo Lopes explica que eles foram até a
casa do namorado e a mãe dele disse que o jovem chegou em casa assustado
e com arranhões, também disse que ele teria ido ao campo do Genibaú
para jogar futebol. Os PMs seguiram para o campo e, chegando ao local,
se depararam com Thiago que, inicialmente, negou a prática do crime, mas
entrou em contradição quando comentou que não havia visto a vítima no
dia do crime. Testemunhas também disseram aos policiais que o rapaz
teria passado na casa de familiares de Beatriz perguntando pela moça.
Ele
foi encaminhado ao 12º DP, onde prestou depoimento e acabou confessando
ser o autor do assassinato da própria namorada. Thiago disse que estava
brigado com a vítima e ela havia passado a noite fora de casa.
Mesmo
brigados, ele ainda possuía a chave da casa onde Beatriz morava com os
filhos. A noite ela havia deixado as três crianças com a mãe, antes de
sair. Thiago disse, em depoimento, ter presenciado a namorada com outro
rapaz e que sentiu "uma coisa" que não soube explicar o que era, mas que
o fez agir de forma violenta.
O crime
De
acordo com informações do perito Pedro Amaro, o corpo de Beatriz
apresentava sinais de estrangulamento. No local também foi encontrado
uma garrafa contendo uma pequena quantidade de álcool. Pedro retirou
pele das unhas da vitima. "Na busca por um líquido acelerante,
encontramos uma garrafa com álcool dentro, que vamos levar ao
laboratório para constatar qual é o líquido. O quarto estava totalmente
queimado e não seria possível detalhar se houve luta corporal dentro do
cômodo", explicou o perito.
Após
confessar o crime, Thiago explicou com detalhes o ocorrido. Ele disse
que era usuário de drogas, que estava insatisfeito com o fim do
relacionamento e esganou a vítima. Ainda utilizou uma tesoura para ferir
Beatriz.
Após
ferir a jovem, ele ateou fogo sobre o colchão e, em seguida, jogou-o em
cima da namorada. Somente após a necropsia será possível esclarecer se a
jovem já estava morta e depois teve o corpo queimado. Após o
depoimento, os PMs foram buscar a tesoura na casa da vítima.
Fonte: Diário do Nordeste