Total de visualizações

!!

!!

Obama anuncia plano de ataque aéreo para destruir Estado Islâmico

Às vésperas do aniversário de 11 de Setembro, presidente fez pronunciamento de 15 minutos




O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou, na noite desta quarta-feira (10), o plano de empreender uma campanha aérea para destruir o grupo extremista Estado Islâmico, que atua na Síria e no Iraque.

— Esta campanha contra o terrorismo vai ser travada por meio de um esforço incansável para tirar o Estado Islâmico de onde quer que ele esteja, utilizando nosso poder aéreo e o apoio terrestres de forças aliadas — afirmou Onama, em pronunciamento de 15 minutos à nação às vésperas do aniversário de 13 anos dos atentados de 11 de Setembro.

O presidente dos Estados Unidos ressaltou que o objetivo da missão é “destruir” o Estado Islâmico.
— Nosso objetivo é claro: vamos reduzir e, finalmente, destruir o Estado Islâmico por meio de uma estratégia abrangente e sustentada de contraterrorismo.

O presidente americano ressaltou que o grupo não é reconhecido por nenhum governo. E afirmou que enviará mais 475 estrategistas para atuar em conjunto com as forças de defesa do Iraque.
Obama, porém, tentou diferenciar a ação das últimas guerras em que o país se envolveu (os Estados Unidos deixaram o país há cerca de três anos).

— Não haverá tropas americanas combatendo em solo estrangeiro.
O discurso foi ainda uma forma de buscar uma coalizão internacional com o intuito de combater o grupo extremista.

Poucas horas antes do anúncia da coalizão, o presidente norte-americano, Barack Obama, autorizou o envio de R$ 57 milhões (25 milhões de dólares) em "assistência militar imediata" nesta quarta-feira (10) para o governo iraquiano e para o governo regional do Curdistão para auxiliar com educação e treinamento militar, de acordo com um memorando postado no website da Casa Branca.

Obama recebeu na terça-feira (9) na Casa Branca os líderes do Congresso e comunicou que espera apoio, mas não necessita de autorização para implementar seu plano.

Forças aéreas americanas iniciaram em 8 de agosto bombardeios seletivos contra posições de EI em diversas zonas do Iraque para conter a ofensiva jihadista.





EUA anunciam R$ 110 milhões em ajuda humanitária para Iraque
Americana se declara culpada de conspiração para ajudar rebeldes islâmicos
Desde então, os EUA efetuaram mais de 130 ataques perto das estratégicas represas de Haditha e Mossul, e nos arredores de Erbil, capital do Curdistão iraquiano.

França deve ser um dos aliados americanos
Como parte dos esforços para a construção de uma coalizão internacional, o presidente francês, François Hollande, e Fabius viajarão a Bagdá na sexta-feira (12), véspera de uma conferência de potências regionais e internacionais que se reunirão em Paris na próxima segunda-feira (15) para coordenar as iniciativas contra o Estado Islâmico.

“É necessária uma mobilização internacional para reagir a este perigo transnacional, que pode alcançar nosso território”, declarou Fabius. "No Iraque o governo e as minorias pediram ajuda, (e) respondemos com o envio de equipamento militar e ajuda humanitária”.

A França tem se mantido na retaguarda desde que ficou isolada no ano passado quando os EUA cancelaram ataques aéreos contra o governo do mandatário sírio, Bashar al Assad, poucas horas antes de aviões franceses se colocarem de prontidão para decolar.

Colaboração americana na Síria
Desde meados do ano passado, a CIA (agência de inteligência americana) está proporcionando armamento ligeiro e treino desde a Jordânia a facções opositoras ao governo do presidente sírio, Bashar al Assad, aliado do Irã e Rússia, de uma maneira muito discreta.

Estado Islâmico decreta toque de recolher na cidade iraquiana de Mosul
Estado Islâmico decapita 7 pessoas acusadas de praticar bruxaria em Mosul
Além disso, a Administração Obama foi aumentando sua presença de maneira paulatina em seu colaboração com a oposição nos últimos meses, para a qual o presidente já solicitou há semanas R$ 1,15 bilhão (US$ 500 milhões) adicionais destinados a armamento.

Os opositores receberam sobretudo equipamento de defesa, mas o novo movimento contra o grupo jihadista poderia provê-los com um armamento mais pesado.

Secretário de Estado americano visita a região
O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, visitou Bagdá nesta quarta-feira (10), iniciando uma viagem ao Oriente Médio para unir apoio militar, político e financeiro para derrotar os militantes do grupo Estado Islâmico, que controlam partes do Iraque e da Síria.

Kerry disse ter ficado impressionado com os planos do primeiro-ministro Haider al-Abadi para reconstruir as forças armadas iraquianas e pôr em prática reformas políticas mais amplas.

Abadi formou na segunda-feira um novo governo iraquiano, mais inclusivo, em um movimento que o governo norte-americano considera vital antes que os EUA adotem novas medidas para ajudar a expulsar os militantes que assumiram o controle de grande parte do norte do Iraque este ano.

Em meio à visita de Kerry, três carros-bomba explodiram em um bairro xiita no leste de Bagdá nesta quarta-feira, matando nove pessoas e ferindo outras 29, disse um policial. As explosões ocorreram em um intervalo de minutos de uma para outra no bairro Nova Bagdá.

Kerry disse a Abadi que se sente "encorajado" por seus planos para "reconstituir" o setor militar e "seu compromisso com a amplas reformas que são necessárias no Iraque para trazer todos os segmentos da sociedade iraquiana para a mesa (de negociações)".

Abadi fez um apelo à comunidade internacional para que ajude o Iraque a lutar contra o Estado Islâmico, instando-a a "agir imediatamente para impedir a disseminação desse tipo de câncer".
O giro de Kerry pelo Oriente Médio vai incluir a Arábia Saudita e, provavelmente, outras nações árabes.


Fonte: R7