Acapulco, México, 7 Jan 2015 (AFP) - Ao menos dez cadáveres e 11 cabeças
humanas foram exumados de seis fossas clandestinas encontradas na
região montanhosa de Guerrero, um violento estado do sul do México,
informaram fontes oficiais nesta terça-feira.
Os cadáveres, com
sinais de tortura e com as mãos e os pés amarrados, estavam enterrados
junto às cabeças em um terreno do povoado de Tepehuixco, do município de
Chilapa de Álvarez, informou o ministério público de Guerrero.
Este
local foi palco no ano passado de confrontos armados entre grupos
rivais de narcotráfico que disputam o território, declarou à AFP um
oficial da polícia estatal que pediu o anonimato.
Os restos, que
foram encontrados após uma denúncia anônima, em avançado estado de
decomposição e envolvidos em sacos plásticos pretos foram exumados após
mais de um dia de trabalho, disse a fonte.
As autoridades não identificaram os corpos, que se encontram no serviço forense de Chilpancingo, capital de Guerrero.
O
município de Chilapa começou a ser palco de violência em julho do ano
passado, quando diversos confrontos deixaram naquele mês 15 pessoas
mortas e várias outras feridas.
Guerrero, um estado pobre onde se
cultiva maconha e papoula, concentra a atenção das autoridades após o
desaparecimento e possível massacre de 43 estudantes em Iguala, outro
município da zona montanhosa, mais ao norte que Chilapa.
Segundo
as investigações do ministério público, os jovens foram atacados a tiros
por policiais locais e narcotraficantes na noite de 26 de setembro, e
teriam sido entregues a membros do cartel local Guerreros Unidos, que os
massacraram.
As primeiras declarações dos detidos por este caso
afirmaram que os estudantes haviam sido enterrados em fossas
clandestinas, mas depois apontaram que os restos dos jovens foram
atirados a um rio.
Até o momento só foi possível identificar os
restos carbonizados de um dos 43 estudantes, que foram encontrados pelas
autoridades durante uma busca em uma lixeira e em um rio próximos a
Iguala.
Fonte: Uol Notícias