'Dói demais ter que acorrentá-lo', diz dona de casa do município de Feijó.
Segundo a mãe, jovem é viciado desde os 14 anos e tem problemas mentais.
A dona de casa Maria Luiza Pluma de Brito, de 46 anos, acorrentou o
filho de 18 anos para impedir que ele saia de casa para usar drogas no
município de Feijó,
a 366 quilômetros da capital acreana. Antônio Dieferson, segundo a mãe,
é viciado em drogas desde os 14 anos, e ela busca ajuda para conseguir
interná-lo.Maria Luiza conta que o jovem começou usando maconha e hoje é viciado em crack, cocaína e merla [droga derivada da cocaína]. Segundo a mãe, além da dependência química, o filho sofre com problemas mentais. "Hoje ele usa tudo, pedra, cocaína, maconha e agora está viciado em merla", lamenta.
Para impedir que Antônio saia de casa para roubar e usar drogas, a mãe acorrenta o jovem sempre que precisar se ausentar de casa.
Mãe quer internar filho compulsoriamente para tratar vício em drogas (Foto: Arquivo pessoal )
Tratamento
A mãe de Antônio Dieferson diz que procura há três anos ajuda para que o filho receba tratamento médico e seja internado em uma clínica de reabilitação. Segundo Maria Luiza, ela já buscou apoio no Conselho Tutelar, Promotoria, Defensoria Pública e Juizado de Menores – e até o momento não conseguiu ajuda.
"Faço um apelo a quem possa me ajudar, eu não sei mais o que posso fazer pelo meu filho. Dói demais ter que acorrentá-lo, ele chora pedindo que eu o solte, mas eu sei que se soltar ele vai correndo para as drogas", afirma.
Segundo ela, o núcleo age no sentido de tentar convencer o dependente químico a iniciar o tratamento na Rede de Atendimento Psicossocial (Raps), onde é acompanhado por uma equipe de profissionais capacitados.
"O Ministério Público tenta fazer aquela parte motivacional, vamos até a residência, criamos um vínculo com o dependente químico. É um trabalho demorado, de formiguinha, mas eles acabam aderindo ao tratamento", disse.
Segundo ela, qualquer um que necessite pode procurar o Natera, que funciona todos os dias úteis de 8h às 17h, na travessa Roraima, no Canal da Maternidade.
Fonte: G1