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Polícia fecha laboratório de drogas em condomínio


Maraponga
No local, foram achados 70 quilos de produto usado para misturar com os entorpecentes e 5,4 kg de cocaína pura 
Titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Raphael Vilarinho, apresentou detalhes da investigação e prisão dos suspeitos
FOTO: NATINHO RODRIGUES
A Polícia fechou um laboratório para refino de drogas que funcionava dentro de um apartamento em um condomínio, no bairro Maraponga, em Fortaleza. O grupo preso no local, na última segunda-feira (26), é suspeito de participação em assaltos a estabelecimentos financeiros e a residências. No local foram encontradas drogas e componentes químicos para mistura.
Segundo a Polícia, a quadrilha é chefiada por Francisco de Assis Fernandes da Silva, o 'Barrinha', que já constou na lista dos mais procurados do Estado e hoje está recolhido em um presídio federal. O mesmo local já havia sido fechado pela Polícia no mês de junho do ano passado, em desdobramento da operação que capturou 'Barrinha'.

Ontem, o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Raphael Vilarinho apresentou os detalhes da operação desencadeada no fim da noite da última segunda-feira (26).

Químico
Foram contabilizados 70 quilos de mineíta, um componente químico utilizado para misturar com drogas; 5,4 quilos de cocaína pura; 173g de maconha; uma prensa mecânica e duas digitais; cinco aparelhos celulares; e fardamentos de uma empresa.

Todo o material estava escondido em dois apartamentos, no mesmo condomínio em que houve a primeira apreensão no mês de junho, no bairro Maraponga, em Fortaleza. Os cinco suspeitos agora respondem por tráfico, associação para o tráfico e porte ilegal de munição.

"Investigamos esse grupo por cerca de 10 dias. Eles usavam um veículo que está no nome do 'Barrinha', e isso chamou nossa atenção. Eles mantinham dois apartamentos no condomínio, sendo um que servia para laboratório", disse o delegado.

Conforme Vilarinho, o grupo tentava se reestruturar financeiramente, após a prisão de 'Barrinha', capturado em junho do ano passado, em operação também da DRF.

"Essa é uma das organizações mais bem estruturadas do Estado. Eles tentavam recuperar capital para voltar a fazer roubos a residências e instituições financeiras. Felizmente, conseguimos dar este segundo grande golpe neles", apontou. No local, foram presos Francisca Teliane Luz Silva; Adriano Silva da Costa; Francisco Lucas de Souza; Afonso Célio Pires Rodrigues; e Jefferson Diego Holanda.

Segundo o delegado, muitos dos suspeitos já são conhecidos da Polícia, com destaque para Jefferson, que já havia sido preso há cerca de seis meses.

"Estas pessoas, na maioria, respondem por ataques às instituições financeiras, assaltos e até homicídios. O que nos chama a atenção é a situação do Jefferson. A Justiça o inocentou. Ele foi preso em junho, quando localizamos o laboratório da quadrilha pela primeira vez, e já estava solto, mesmo respondendo por receptação, uso de documento falso, tráfico, associação criminosa e porte ilegal de arma", afirmou Vilarinho.

"Acreditamos que o fardamento de empresa encontrado no apartamento seria usado para fazer assaltos a residências, já que nenhum dos cinco presos trabalha no estabelecimento comercial", enfatizou.

Levi de Freitas
Repórter



Fonte: Diário do Nordeste