Área já foi utilizada para descarte de restos de produção de papel.
Cetesb fez inspeção no terreno e recolheu amostras nesta quarta-feira (18).
Uma fumaça que 'brota' de rachaduras na terra assusta os moradores de
Valinhos (SP). O vapor que sai das fendas tem cheiro de produto químico e
fica ao lado de uma escola e de uma creche. A área fica em uma fazenda
no Parque Portugal, que pertence à empresa de papel e celulose Rigesa, e
já foi utilizada para descarte de restos da produção. Após denúncia da
população, técnicos da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
(Cetesb) inspecionaram o local nesta quarta-feira (18).
A estudante Carla Gomes, que mora perto da fazenda, conta que a fumaça
fica pior na parte da manhã e durante à noite. Ela afirma que o problema
piorou depois de um incêndio na área. "Dá um sufocamento e dor de
cabeça. A informação que a gente tinha era de que isso era lodo de
celulose, que era enterrado ali num descarte incorreto. É assustador,
porque você vê um buraco com muita fumaça saindo do chão, rachaduras no
solo e mau cheiro", conta.
Descarte de papel
A área de onde vem a fumaça já foi utilizada pela empresa para descarte de restos da produção de papel. A Rigesa foi obrigada pela Cetesb a fazer um trabalho de recuperação ambiental na região contaminada. Esse processo começou em 1999 e só terminou 11 anos depois. Em 2010, a entidade considerou o terreno recuperado.
A área de onde vem a fumaça já foi utilizada pela empresa para descarte de restos da produção de papel. A Rigesa foi obrigada pela Cetesb a fazer um trabalho de recuperação ambiental na região contaminada. Esse processo começou em 1999 e só terminou 11 anos depois. Em 2010, a entidade considerou o terreno recuperado.
No entanto, após a denúncia dos moradores, técnicos da Cetesb visitaram
a fazenda nesta quarta-feira junto com um engenheiro ambiental da
empresa e integrantes da brigada de incêndio. Depois de constatar a
presença da fumaça, a entidade recolheu amostras do solo para uma nova
análise.
Durante a semana, os moradores da região afirmam que viram o caminhão-tanque da Rigesa entrar várias vezes no terreno para jogar água na área onde sai a fumaça. "Só que isso não resolve, isso tem que ser retirado, aquela química que tem ali, senão cada vez fica pior, vai aumentando o cheiro", afirma a dona de casa Roseli de Souza.
Durante a semana, os moradores da região afirmam que viram o caminhão-tanque da Rigesa entrar várias vezes no terreno para jogar água na área onde sai a fumaça. "Só que isso não resolve, isso tem que ser retirado, aquela química que tem ali, senão cada vez fica pior, vai aumentando o cheiro", afirma a dona de casa Roseli de Souza.
Problemas de saúde
Apesar de não saber o que está causando essa fumaça, os moradores afirmam que ela é tóxica e que traz problemas à saúde. A aposentada Leonilda Gomes conta que passa mal toda vez que o vento traz o vapor para a casa dela. "Eu sinto ânsia, dor de garganta, dor de cabeça e falta de apetite", explica.
Apesar de não saber o que está causando essa fumaça, os moradores afirmam que ela é tóxica e que traz problemas à saúde. A aposentada Leonilda Gomes conta que passa mal toda vez que o vento traz o vapor para a casa dela. "Eu sinto ânsia, dor de garganta, dor de cabeça e falta de apetite", explica.
A assessoria da Rigesa disse que está apurando as causas da fumaça em
conjunto com a Cetesb. As amostras recolhidas do terreno da fazenda
passarão por análise laboratorial para determinar qual a fonte de
emissão dos gases. Segundo a Cetesb, ainda não há uma previsão de quando
o laudo vai ficar pronto.

Fumaça causa dor de cabeça e mal-estar, segundo moradores (Foto: Reprodução/ EPTV)
Fonte: G1