Com 235 unidades
Ponto localizado na Avenida Abolição foi alugado pelo proprietário da fábrica clandestina para confeccionar os produtos
Segundo o titular da DDF, na casa também foram apreendidas uma leitora de cartão, uma impressora e uma plastificadora
Helene Santos

Estelionatário foi investigado durante 15 dias, depois que a Polícia teve acesso as redes sociais do rapaz
A Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) fechou, pela primeira vez, uma fábrica de cartões clonados com chips. Os policiais civis foram até o estabelecimento que funcionava no bairro Mucuripe e encontraram 235 cartões,
além de material para fabricação. Uma parte dos cartões estava em
branco e o restante possuem semelhança com os cartões originais.
Facilitando o uso em estabelecimentos comerciais para compras ou saques
em caixas eletrônicos.
Segundo o titular da DDF, delegado Jaime de Paula Pessoa,
o ponto localizado na Avenida Abolição foi alugado pelo proprietário da
fábrica clandestina para confeccionar os produtos. Na casa também foram
apreendidas uma leitora de cartão, uma impressora e uma plastificadora. Para usar os cartões “chipados”, o estelionatário quebrava a codificação dos chips com um notebook.
Vitor Domingues Valentine dos Reis, 24, disse aos policiais que comprou
o material em São Paulo e que o vendedor viajaria até Fortaleza para
ensiná-lo a fabricar os cartões. Porém, o delegado Jaime de Paula
informou que a investigação apontava que o suspeito já estaria
fabricando os produtos.
O estelionatário foi investigado durante 15 dias, depois que a Polícia teve acesso as redes sociais
do rapaz, em que ele aparecia “ostentando” viagens e bens materiais.
“Ele tem uma loja de confecção, tem constantes viagens, não só para São
Paulo, mas também para os Estados Unidos”, explicou o delegado.
A Polícia não descarta o envolvimento de comerciantes ou funcionários
que receberiam uma porcentagem do dinheiro para passar os cartões. Ainda
segundo o titular da DDF, o estelionatário não forneceu a senha do computador
para a Polícia, mas o equipamento seria periciado e, provavelmente,
serão encontrados os programas utilizados para codificação dos chips.
O suspeito foi autuado, anteriormente, por tráfico de drogas e roubo.
Neste caso, o delegado Jaime de Paula realizou o flagrante por
estelionato na última sexta-feira (13) e Vitor permanece detido na DDF.
Fonte: Diário do Nordeste