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Sexualização de funkeiros mirins é investigada pelo Ministério Público

Inquérito 
Outros funkeiros mirins também estão sendo alvo das investigações
 
As músicas cantadas por uma menina de 8 anos têm causado polêmica nos últimos dias. Melody Abreu, conhecida como MC Melody, cursa a 3ª série do Ensino Fundamental, é cantora de 'funk ostentação' 
Reprodução/Facebook
Inquérito
O inquérito foi aberto pelo promotor Eduardo Dias de Souza Ferreira e é resultado de denúncias e representações encaminhadas pela Ouvidoria do Ministério Público e por cidadãos que pedem avaliação legal sobre a exposição dos funkeiros mirins 
Reprodução
Crianças e jovens cantores de funk já tornaram-se comum no atual cenário do ritmo. Em muitos casos, a erotização e o forte apelo sexual das letras que esses cantores adotam no repertório acontece sem nenhum preocupação com a imagem e a formação do indivíduo menor de idade. 

Observando esses fatos, o Ministério Público de São Paulo abriu nesta quinta-feira (23) um inquérito para investigação sobre "forte conteúdo erótico e de apelos sexuais" em músicas e coreografias desses músicos.

Em evidência no discurso da sexualização de menores, a cantora de funk conhecida como MC Melody, de apenas oito anos, é um dos alvos da investigação, que suspeita de "violação ao direito ao respeito e à dignidade de crianças/adolescentes".

Segundo o inquérito, Mc Melody "canta músicas obscenas, com alto teor sexual e faz poses extremamente sensuais, bem como trabalha como vocalista musical em carreira solo, dirigida por seu genitor".

Além dela, músicas e videoclipes de outros funkeiros-mirins como MCs Princesa e Plebéia, MC 2K, Mc Bin Laden, Mc Brinquedo e Mc Pikachu também são alvo da investigação que tem pela frente a Promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e da Juventude de São Paulo.

Caso Melody
O caso da garota de oito nos chegou a ser o assunto mais procurado por brasileiros no Google nesta quinta-feira, com mais de 50 mil buscas. Em um baixo assinado virtual, a causa que pede "intervenção e investigação de tutela" ao Conselho Tutelar alcançou mais de 23 mil assinaturas em quatro dias.

MC Melody: Funkeira de 8 anos ganha até R$ 40 mil por mês
O pai de MC Melody - o também funkeiro MC Belinho (Thiago Abreu) - também é citado pelo inquérito do Ministério Público.  Sobre as críticas que recebe através da internet sobre o trabalho da filha, Thiago afirma que Melody não liga.

"Falam mal só pelo funk. A Melody imita as caras e bocas que a Anitta faz e as pessoas acham isso demais (para idade dela). Ela não está falando palavrão, não está ‘fazendo sensualidade’", defendeu o pai, que disse tentar balancear os compromissos profissionais da filha com a ida dela à escola. O cantor gravou um vídeo no último dia 10 de abril defendendo sua posição e ainda revela que está sendo ameaçado de morte. Confira:



Apesar de afirmar que a filha não sensualiza nas apresentações, um vídeo publicado no canal de Melody no YouTube mostra uma performance da menina dançando "quadradinho de oito" para a plateia enquanto o pai canta.
Ministério Público do Ceará
Em janeiro deste ano o MPCE solicitou a proibição do show do adolescente Pedro Maia Tempster, conhecido como Mc Pedrinho. O órgão alegou que o menino, de 12 anos, se apresenta com repertório musical dotado de nítida “conotação sexual, alto teor de erotismo, pornografia, baixo calão e todo tipo de vulgaridade, incompatíveis com a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento”.



Fonte: Diário do Nordeste