em encontro
Camilo e Dilma conversaram sobre o plano de
emergência contra a seca no Estado e o ainda o pedido de liberação de
recursos para a área da saúde, que enfrenta uma grave crise ![]() |
Camilo Santana esteve na tarde desta quarta-feira (20) em audiência com Dilma
Roberto Stuckert Filho / PR
|
A presidente da República, Dilma Rousseff, vai apresentar nos próximos dias a liberação de recursos para atender os estados atingidos pela seca.
A informação é do governador do Ceará, Camilo Santana, que esteve na tarde desta quarta-feira (20) em audiência com Dilma, trazendo na pauta o plano de emergência contra a seca no Estado e o ainda o pedido de liberação de recursos para a área da saúde, que enfrenta uma grave crise.
Camilo critica repasse de verbas da União durante encontro em Brasília
Camilo fez uma avaliação positiva da reunião que durou
uma hora e meia. "Saio muito satisfeito dessa reunião. Foi uma
excelente audiência”, afirmou Camilo, após o encontro no Palácio do
Planalto. O secretário da Fazenda, Mauro Filho, e os ministros Aloizio
Mercadante (Casa Civil) e Gilberto Occhi (Integração Nacional) também
participaram.
"Trouxemos vários assuntos de interesse do Ceará, mas
prioritariamente da seca, o Ceará está no quarto ano consecutivo com
chuvas abaixo da média, nós já terminamos o período considerado de
inverno, de chuva no Ceará e foi a pior recarga dos últimos 17 anos dos
nossos reservatórios.
Nós apresentamos plano emergencial
para o Estado e ela disse que vai anunciar por estes dias, não só para o
Ceará mas para outros Estados do Nordeste recursos tanto para adutoras
emergenciais como para carros pipa”, afirmou Camilo.
Na avaliação do governador, estes recursos amenizam mas não resolvem o problema. Segundo ele, a presidente Dilma concordou com a necessidade urgente de se finalizar a transposição do canal do São Francisco que levará água até o sul do Ceará. “Vai beneficiar Ceará e Paraíba até o meados do ano que vem. Hoje temos a transposição do Castanhão que está em torno de 18% da sua capacidade no reservatório”, afirmou.
Segundo o governador, Fortaleza e a Região Metropolitana não terão problemas de abastecimento de água em 2015 e até o final de 2016 graças ao Eixão das Águas.
“Mas a previsão do ano que vem dos órgãos de meteorologia não são boas,
portanto é fundamental a conclusão da transposição do São Francisco”,
declarou Camilo.
Sobre a estiagem, o governador apresentou à presidente
o Plano Estadual de Convivência com a Seca e falou da necessidade de
concluir das obras da Transposição do São Francisco, que servirá para
abastecer o Cinturão das Águas do Ceará (CAC). "Ela reafirmou claramente
que será prioridade do Governo, do ministério,
concluir as obras e fazer chegar a água do São Francisco no sul do Ceará
até meados do ano que vem", disse Camilo.
Saúde
Ele também apresentou a Dilma um relatório com os números da saúde no Ceará, como o aumento de 52% do número de leitos
da rede estadual nos últimos anos e a disparidade de recursos federais
na comparação com outros estados. "Ela compreendeu os números da saúde
do Ceará e recomendou que a Casa Civil e o Ministério fizessem uma
avaliação. Há uma disparidade entre estados, mostrei esses números para
ela", disse.
“Nós temos um subfinanciamento da saúde. Mostrei à presidente que
enquanto em 2006 era praticamente paritário os investimentos na área da
saúde (entre União e Estado). Era mais ou menos meio a meio o
investimento federal e o do Estado. A cada um real que investíamos no
Ceará, recebíamos um da fonte SUS (Sistema Único de Saúde). Houve um
desequilíbrio nos últimos oito anos, para cada quatro reais que o Estado
investe, ele recebe um”, afirmou.
De acordo com Camilo Santana, o Estado gastou em 2014 R$ 1.5 bilhão com o custeio da pasta,
enquanto recebeu do SUS aproximadamente R$ 400 milhões. O governador
afirmou que é necessária a aprovação de novas fontes de custeio para a
área e sugeriu à presidente a criação de uma contribuição destinada exclusivamente à saúde pública.
Segundo Camilo, a presidente entendeu a situação do Ceará mas não houve
manifestações sobre os cortes que serão anunciados ou a criação de
novas fontes para financiar esse setor.
Fonte: Diário do Nordeste
