Denunciado
em dois escândalos nos últimos 15 dias - a lista da Odebrechet, onde
teria recebido R$ 200 mil em suposta propina; e o empréstimo de R$ 2
milhões ao BNB, que, segundo o relatório da CGU, teria sido fraudulento -
o ex-governador Cid Gomes (PDT) resolveu reagir.
Nada
de dar respostas às acusações feitas à sua falta de honestidade,
preferiu agradar a presidente Dilma Rousseff (PT) e atacar o seu alvo
predileto: o PMDB.
Hoje
(1º) à tarde, Cid protocolou, na Câmara dos Deputados, um pedido de
impeachment do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).
Cid
usou as citações do nome de Michel Temer, assim como os de outros
caciques do PMDB, nas investigações da Operação Lava Jato para embasar o
pedido.
O
ex-governador citou, na peça, uma mensagem de texto identificada no
celular do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, na qual é mencionando o
pagamento de R$ 5 milhões ao presidente peemedebista.
Cid
ainda pediu que o documento não fosse analisado pelo presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), desafeto antigo e aliado de Temer.
Casa de achacadores
Após
a reeleição de Dilma, em 2014, Cid foi elevado ao Ministério da
Educação, porém envolveu-se em um escândalo ao declarar que havia, na
Câmara dos Deputados, "400, 300 achacadores", o então ministro foi
convocado à Casa para dar explicações.
Sob pressão do PMDB, Cid foi à Câmara e voltou a atacar Eduardo Cunha e, em seguida, entregou o cargo.
"Não vai ser presidente"
O
irmão Ciro Gomes (PDT) recentemente declarou que não permitirá que
Michel Temer assuma a presidência em caso de impeachment de Dilma.
Segundo ele, se o vice assumir, vai entrar com pedido de impeachment no
primeiro dia.
Ciro Gomes é pré-candidato à presidência em 2018 e quer se mostrar uma alternativa viável ao PT, caso Lula não se candidate.
Fonte: Cearanews7