Com
o findar da campanha eleitoral as sessões do legislativo ipuense
passaram a receber a visita de partidários políticos. O grupo de
situação tem se destacado por mobilizar mais adeptos à Câmara Municipal.
De
certo modo a presença de pessoas durante a sessão é algo importante em
um sociedade democrática, tendo em vista que a população precisa saber
sobre o que vem sendo trabalhado e discutido pelos representantes do
povo.
O problema está em relação aos que frequentam a Câmara motivados por
fins politiqueiros. Que ali se encontram para tumultuar, badernar e
insuflar o ódio aos demais. Estes têm como alvo os edis de oposição.
Vivem a achincalhar durante a fala dos vereadores de oposição. Tentam a
todo momento criar um clima de terror psicológico de modo a pressionar a
forma de trabalho da bancada de oposição.
Durante o pleito eleitoral os ânimos exaltam-se, porém, entende-se que a
manifestação do pensar e do expressar é livre, todavia algumas condutas
são vedadas por conta do excesso. Tais condutas rompem a barreira da
licitude e afetam a honra dos vereadores de oposição.
Desta feita, os edis Adriano Melo; Nonato Filho; Manoel Palácios; Ivo
Souza; Efigênia Mororó; Eduardo Ximenes (faltou) e Wendel Soares, este
último, na suplência do vereador Hilton Belém, que está de licença
médica, por não encontrarem meios de seguirem os seus respectivos
trabalhos, resolveram abandonar a sessão de terça-feira (20/09/2016).
O princípio da legalidade, esculpido no artigo 5º, II, da Carta Política de 1988, reza que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude lei.
Logo a saída de tais vereadores é legítima e por entenderem que a
Augusta Casa Legislativa não consegue manter a harmonia, a ordem e o
respeito aos seus respectivos componentes resolveram retirarem-se da
Câmara no decorrer da sessão.
Acredita-se que a bancada de oposição manterá tal estratégia de conduta
caso o clima desarmônico e de desordem perdure durante as sessões
seguintes.
Fonte: Expresso Ipu