A reportagem traz também números comparativos de Fortaleza com as demais capitais nordestinas |
Depois da revista Veja publicar extensa matéria retratando a violência no Ceará, por conta da guerra travada entre facções criminosas,
a sua principal concorrente, a Isto É, também estampa na sua edição
deste fim de semana a matança que acontece em Fortaleza, apontada na
reportagem como a Capital mais violenta do Brasil.
A reportagem começa citando a chacina
ocorrida no último fim de semana, numa casa de forró, na periferia de
Fortaleza, que terminou na morte de 14 pessoas, a maioria garotas e
entre estas, duas adolescentes. Logo depois, cita o massacre de 10 presos na Cadeia Pública da cidade de Itapajé (a 120Km da Capital).
“A sequência de 24 homicídios em tão curto espaço de tempo gerou um
alerta sobre o caos na segurança pública cearense. Por terem acontecido
de forma com centrada, eles parecem ponto fora da cursa. Não são. Em
janeiro, o estado que concentra algumas das mais requisitadas atrações
turísticas do Nordeste registrou uma média de 15 mortes por dia”, diz a
matéria jornalística.
E mais: “Os números revela, que o crime organizado atua de forma
maciça, invadindo fóruns, assaltando bancos e carros-fortes, fechando o
comércio, determinando toques de recolher e fazendo vítimas indefesas em
uma população que começa a viver sob tensão permanente”.
Poder paralelo
A reportagem mostra ainda um gráfico que traz o ranking das capitais
nordestinas e seus índices criminais. Fortaleza parece no topo da lista,
com uma média de 78,1 assassinatos por cada 100 mil habitantes. Em
segundo lugar aparece São Luiz (MA) e em terceiro, Aracaju (SE).
A matéria diz, ainda, que no Ceará foi estabelecido um “estado
paralelo” do crime, através das facções, e que o governo “iniciou um
jogo de empurra-empurra para dividir sua responsabilidade pela
ocorrência de matanças indiscriminadas. Ao tratar do massacre em
Cajazeiras, o governador Camilo Santana (PT) declarou que o governo
federal é o responsável direto pelo combate às ações do crime organizado
e que o estado sofre as consequências da falta de controle sobre o
tráfico de armas nas fronteiras do País.”
Fonte: Ceará News 7