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Justiça manda prender servidores suspeitos de fazer 'rachadinha' com salários de professores em Crateús

Operação Rachadinha investiga crimes como corrupção passiva e associação criminosa.

Mandados foram cumpridos na Secretaria de Educação de Crateús — Foto: Tony Sales/Arquivo pessoal.

Três servidores municipais tiveram a prisão preventiva decretada durante a "Operação Rachadinha" do Ministério Público do Ceará, na manhã desta terça-feira (19). Os investigados são suspeitos de embolsar parte dos salários dos professores de Crateús, no interior do estado. 

Foram cumpridos também dois mandados de busca e apreensão na Secretaria de Educação de Crateús e nas residências de dois diretores de escolas municipais. O Ministério Público calcula um prejuízo de R$ 225 mil. 

O G1 entrou em contato com a Secretaria Municipal da Educação do município de Crateús para solicitar um posicionamento sobre o caso, mas obteve retorno até a última atualização desta matéria.

Como funcionava o esquema

A operação investiga a prática de crimes de concussão, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistema de informação da administração pública e associação criminosa. 

De acordo com a investigação do Ministério Público, duas servidoras estavam envolvidas em esquema criminoso no qual professores temporários contratados pelo município eram obrigados a repassar parte dos salários ou então teriam os contratos rescindidos pela prefeitura. 

Ministério Público do Ceará — Foto: Divulgação.

Outro servidor era responsável por alterar as folhas de frequência no sistema informatizado da prefeitura, modificando a carga horária, aumentando horas-aula, com o objetivo de gerar créditos aos contratados, que posteriormente deveriam devolver esse valores aos investigados. 

Já os diretores de duas escolas municipais, passaram a receber vantagens ilícitas dos investigados para permitirem que, nos respectivos estabelecimentos de ensino, fossem empregadas pessoas que receberiam por horas trabalhadas acima do que efetivamente cumpriam, sendo que os valores pagos indevidamente seriam repassados para as servidoras da Secretaria de Educação. Além disso, eles também enviavam folhas de frequência adulteradas, constando horas de trabalho em excesso, gerando vantagens indevidas que eram repartidas entre todos. 

A Justiça autorizou a quebra de sigilo dos aparelhos celulares apreendidos na operação, o afastamento de exercício da função pública dos cinco investigados e o bloqueio de bens e valores R$ 225.852, quantia de prejuízo causado ao erário pelo grupo nos anos de 2018 e 2019. 




Fonte: G1 Ceará