No Ceará, mais de 262 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus,
segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) e, embora o registro da
doença, de modo geral, se mantenha em queda, muitos dos efeitos da Covid
ainda são desconhecidos. Mundo afora, casos de reinfecções estão sendo
documentados. No Ceará, atualmente, um grupo de infectologistas e
epidemiologistas ligados à Sesa e a universidades monitora 160 pacientes de
diferentes regiões do Estado que testaram positivo duas vezes para o novo
vírus.
Conforme a coordenadora da Vigilância Epidemiológica e Prevenção da Secretaria
da Saúde do Ceará (Sesa), Ricristhi Gonçalves, inicialmente, foram
documentados 9 casos de pessoas nessa condição. Hoje, há uma lista de 160
pacientes que, segundo ela, “tiveram mais de um episódio de covid
documentado”. O intervalo entre os episódios, relata, foi de mais de 21 dias.
“Então, isso precisa ser investigado para saber se realmente a pessoa adoeceu,
ficou boa e depois adoeceu em um outro momento, numa outra situação ou se ela
adoeceu e esse sintomas permanecem por um longo período”, reforça.
A situação desses pacientes, de acordo com Ricristhi, está sendo “investigada
a fundo” para que se obtenha mais informações. As hipóteses em análise é de
que essas pessoas podem ter sido reinfectadas pelo vírus ou podem ter uma
permanência prolongada da doença. O fato comum entre elas é que todas testaram
positivo, depois negativo e, posteriormente, voltaram a testar positivo.
Segundo os parâmetros científicos, para analisar a possibilidade de reinfeção
é preciso que o paciente tenha feito exames moleculares - os chamados RT-PCR
-, que permitem comprovar a existência de material genético do vírus no
organismo e garantem a análise adequada.
Fonte: Diário do Nordeste