Jovem confirmou que os dados roubados não têm ligação com o resultado das urnas.
Um
jovem de 19 anos é o principal acusado de invadir os computadores do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele foi identificado como “Zambrius” e
disse ter agido sem ajuda, apenas utilizando um celular. “Eu realizei
tudo sozinho. Estou sem computador. Se o tivesse, acredite que o ataque
teria um impacto muito maior”, revelou em conversa com o Estado de S.
Paulo.
O
invasor confirmou que os dados roubados do TSE não têm ligação com o
resultado das urnas e disse que só realizou o ataque porque a Corte
declarou ter reforçado a segurança após a invasão a domínio do Superior
Tribunal de Justiça. Questionado pelo Estadão se tem ciência de que
ajudou a criar a narrativa de fraude, ele disse ter escolhido a data por
“diversão”. Se fizesse antes, não haveria a “piada”.
O
hacker português afirmou que suas últimas ações não foram feitas em
coautoria, mas admitiu ao menos um contato durante a operação. “Eu
apenas pedi ajuda a um elemento para que me enviasse uma imagem do
doxbin (site usado para compartilhamento de informações privadas
hackeadas) e dos arquivos, para que pudesse ter uma noção de como
ficaria em uma tela de computador”, contou.
Confira a cronologia do caso, publicada no Estado de São Paulo
15 de novembro
Atraso
A
divulgação dos resultados das eleições municipais sofrem atraso inédito
desde a implantação do sistema de urnas eletrônicas, em 1996.
15 de novembro
Repercussão
Usuários replicam mensagens usando o atraso para questionar a lisura do processo eleitoral brasileiro.
15 de novembro
Falha técnica
O presidente do TSE, Luís Barroso, atribui a uma falha técnica o atraso , e garante integridade dos votos.
16 de novembro
Milícias digitais
Barroso
atribui a “milícias digitais” com “motivação política” o ataque sofrido
pelo TSE, e diz que o objetivo era desacreditar a Justiça Eleitoral,
mas ressalvou que os ataques foram neutralizados.
17 de novembro
Investigação
Polícia Federal inicia investigação para apurar o caso.
Fonte: CN7