A
subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou que
policiais federais que cumpriam mandados de prisão em uma operação
contra desvios de recursos da Saúde do Amazonas foram recebidos a tiros
pelo empresário Nilton Costa Lins Júnior. A informação foi dada por
Lindôra durante o início da sessão do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
nesta quarta-feira (2).
Lins
Júnior é um dos investigados da quarta fase da Operação Sangria, que
mira possíveis fraudes na construção do hospital de campanha Nilton
Lins, em local de propriedade do empresário.
A
ação ainda tem como alvos nomes como o do governador do estado, Wilson
Lima (PSC), e o do secretário de saúde, Marcellus Campêlo, que, segundo
Lindôra, está foragido.
A
informação foi dada aos ministros justamente no início da sessão que
irá julgar se recebe a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR)
contra o governador do estado, Wilson Lima, ex-secretários e
empresários por supostas fraudes na compra de respiradores. Nesta manhã,
a PF fez buscas na casa do governador.
No
julgamento, o ministro Og Fernandes perguntou se houve vítimas no
incidente, e a subprocuradora negou. O presidente do STJ, ministro
Humberto Martins, lamentou o caso e disse que as providências “serão
tomadas de forma rígida”.
–
As questões judiciárias devem ser resolvidas através dos recursos, dos
meios próprios, e não através da violência. Lamentamos e podemos dizer
que ficamos tristes. Mas, com certeza, o Poder Judiciário, o relator
Francisco Falcão… as providências serão tomadas de forma rígida –
destacou.
A
Operação Sangria 4 investiga formação de organização, fraude em
licitações e desvio de verba pública na contratação do Hospital de
Campanha Nilton Lins. O STJ já autorizou a quebra dos sigilos bancário,
fiscal e telefônico do governador e do secretário de Saúde.