Cerca
de 200 pessoas, em 27 estados norte-americanos, estão sendo rastreadas
por possíveis casos de infecções raras de varíola dos macacos,
informaram autoridades de Saúde dos Estados Unidos. O temor é de que
essas pessoas possam ter entrado em contato com um homem do Texas que
levou a doença da Nigéria para os EUA, no início de julho.
O
Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) diz estar preocupado
com os passageiros que estavam a bordo de dois voos em que o homem
infectado estava. O CDC diz que passageiros e tripulantes podem ter sido
expostos à doença. O homem voou de Lagos, na Nigéria, para Atlanta, nos
EUA, em 9 de julho, antes de embarcar para Dallas, onde foi
hospitalizado, segundo o CDC.
O
órgão disse que está trabalhando com as companhias aéreas para avaliar
“os riscos potenciais para aqueles que podem ter tido contato próximo
com o viajante”. No entanto, acrescentou que as chances de a doença ter
se espalhado no avião são baixas porque os passageiros atualmente
precisam usar máscaras faciais.
Um
porta-voz do CDC disse à BBC que estava “trabalhando com departamentos
de Saúde locais e estaduais para fazer o acompanhamento de indivíduos
que podem ter sido expostos à varíola dos macacos”. Esta é uma doença
viral rara da mesma família da varíola, mas é muito menos grave. Ela
ocorre sobretudo em partes remotas de países da África. Os sintomas
incluem, inicialmente, febre, dores de cabeça, inchaços, dores nas
costas, dor muscular e uma apatia geral. Assim que a febre cede, podem
aparecer erupções na pele que, em geral, começam no rosto e espalham-se
para outras partes do corpo ‒ mais comumente as palmas das mãos e as
solas dos pés.
As
erupções podem gerar muita coceira e passam por diferentes estágios,
antes de uma casca se formar e cair. As lesões na pele podem deixar
cicatrizes. A maioria dos casos de infecção pelo vírus é leve ‒ às
vezes, semelhante à catapora ‒ e desaparece em poucas semanas.
O
CDC diz que não há tratamento comprovado e seguro para a doença. Mas a
agência lembra que a vacina contra a varíola já foi usada para controlar
surtos anteriores, como o ocorrido nos Estados Unidos em 2003.
Fonte: Pleno
News