Ministério Público investiga o jornalista por crimes de homofobia e trabalho infantil contra Roger Moreira, adotado por ele aos 13 anos
Foi
protocolado na Justiça, a pedido do advogado de Roger Moreira, filho
adotivo de Cid Moreira, um inquérito para apurar crimes praticados pelo
jornalista e a esposa Maria de Fátima contra o rapaz. A coluna LeoDias
teve acesso ao processo onde ambos são acusados de homofobia e até
trabalho infantil. Mas o caso, a partir de agora, ganha proporções ainda
maiores e a prisão do ex-âncora do Jornal Nacional pode marcar uma nova
página deste imbróglio familiar.
No
final de 2021, foi escancarado detalhes sórdidos sobre a conduta de Cid
Moreira na criação de Roger, adotado quando tinha 13 anos. Desde então,
segundo anotado em processo, o maior locutor do país, hoje com 94 anos,
impediu o filho até mesmo de estudar.
Trabalho infantil e crime de homofobia
Roger
foi colocado pelo próprio Cid Moreira para trabalhar e cumprir várias
obrigações, como por exemplo acompanhá-lo em compromissos na TV, como
gravações de programa. Sobretudo, ele tinha que frequentar lugares
proibidos para menores: clubes à noite, alguns restaurantes e casa de
jogos. O intuito de Cid era ter “uma espécie de empregado”, informa o
documento.
Consta
que quando Cid se casou com Maria de Fátima, 40 anos mais jovem, ele
tentou desfazer a adoção sob alegação de que Roger era gay, e foi ainda
mais longe, tirou tudo o que tinha dado para o filho sobreviver, “o
estúdio de gravações, a moradia”. E por não conseguir deserdá-lo, Cid
junto a Maria fizeram movimentos para prejudicar Roger. Com isso,
passaram a delapidar o patrimônio, “transferi-lo para ela e para
terceiros”.