Cinco
casos de hepatite aguda infantil de origem desconhecida estão sendo
investigados no Ceará. Conforme a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa),
dos seis casos notificados, um foi descartado. "Informações mais
detalhadas dos casos serão divulgadas à medida que as investigações
avancem", diz a pasta.
A
hepatite aguda apresenta diferentes sintomas: gastrointestinais, como
diarreia ou vômito, febre e dores musculares, mas o mais característico é
a icterícia — uma coloração amarelada da pele e dos olhos. Ela se
manifesta de forma muito severa e não tem relação direta com os vírus já
conhecidos da hepatite.
Segundo
a Sesa, um caso é considerado como provável quando o paciente apresenta
hepatite aguda, mas todos os vírus conhecidos causadores da doença (A,
B, C, D ou E) são descartados. Nesses casos, outros exames são feitos
para determinar se a causa pode ser outra, como adenovírus, Covid-19 ou
arboviroses (dengue, zika e chikungunya).
Como
parte das ações de fortalecimento da Vigilância Epidemiológica, a Sesa
emitiu um comunicado com orientações sobre a hepatite aguda aos
municípios, especialmente no que se refere a notificação e o
acompanhamento de forma ágil dos suspeitos.
Casos no Brasil
No
Brasil, já foram notificados 92 casos e seis óbitos suspeitos de serem
provocados pela doença. Desses, 76 casos e os seis óbitos permanecem em
investigação.
O
Ministério da Saúde informou que o primeiro caso provável da doença é
do município de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. A paciente, cuja
idade não foi informada, apresentou sintomas de febre, icterícia, além
de mal-estar e náuseas. Ela segue em recuperação, sendo monitorada pelas
equipes de vigilância em saúde.
Como se prevenir
Para prevenir a infecção de crianças, são indicados os cuidados semelhantes aos tomados durante a pandemia da Covid-19, como:
1) Uso de máscara em população de risco e não vacinados;
2) Higienização rigorosa das mãos;
3) Evitar aglomerações em locais fechados, principalmente com crianças e pessoas não vacinadas;
4) Manter crianças com algum quadro de gastroenterite, diarreia e vômito utilizando um vaso sanitário isolado;
5) Manter vasos sanitários sempre higienizados com desinfetante.
Ana Rute Ramires / O POVO