Uma
mulher identificada como Martina Patti, de 23 anos, foi presa na
Sicília, Itália, depois de admitir ter matado a própria filha Elena, de 5
anos. Ela também admitiu ter escondido o corpo em meio a cinzas
vulcânicas.
Para
despistar as investigações, Martina disse à polícia que a menina havia
sido sequestrada em troca de resgate. Porém, os oficiais suspeitaram da
história.
De
acordo com os jornais locais, a mãe acionou a polícia na segunda-feira
(13) para noticiar o sequestro da filha. Ela teria dito que três homens
encapuzados, um deles armado, levaram a menina enquanto ela saía da
escola. Patti ainda afirmou ter visto a criança entrar em um carro sem
placa.
A
polícia começou a investigar o desaparecimento e fez uma primeira
rodada de interrogatórios. Os investigadores passaram a suspeitar após
encontrarem inconsistências no depoimento da mulher, além de não acharem
crível um sequestro motivado por resgate já que a família não era rica.
No
segundo interrogatório a mulher começou a chorar e contou onde o corpo
da filha estava enterrado. Segundo a polícia, o corpo foi encontrado a
200 metros de sua casa, em Mascalucia, uma cidade na província de
Catania, sob terra e cinzas vulcânicas do Monte Etna.
A mulher acertou a menina com uma faca de cozinha que ainda não foi encontrada, informaram os policiais durante uma coletiva.
Ainda
de acordo com a polícia, Patti não forneceu um motivo para o
assassinato. No entanto, a hipótese dos policiais é que o crime foi
motivado por ciúmes. A mãe não estaria gostando da proximidade da filha
com a nova namorada do seu ex-parceiro e pai de Elena, Alessandro Del
Pozzo.
O
assassinato foi cometido um dia depois que a menina passou o dia com os
avós paternos, o pai e sua namorada, segundo o jornal La Notizia.
– Não me lembro do que passou pela minha cabeça quando esfaqueei minha filha – disse Martina Patti durante o interrogatório.
Ela responderá por assassinato e ocultação de cadáver.
A
advogada de defesa Gabriele Celesti disse ao canal Rai News que “foi um
interrogatório dramático de uma mulher destruída e julgada que fez algo
que ela também não achava que poderia fazer”.
Enzo Magra, prefeito de Mascalucia, disse que está chocado.
– Estou chocado. Ao ouvir a notícia, comecei a chorar. É um drama único que nunca quisemos ouvir – falou.
*AE