Polícia
Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (13) a Operação
Maritimum, com o objetivo de desarticular organização criminosa
especializada no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro
que atuava nos terminais portuários do Nordeste e Sudeste. O trabalho é
coordenado pela PF do Rio Grande do Norte (RN) e conta com apoio da PF
na Bahia, um dos estados alvo da Maritimum. Estão sendo cumpridos
mandados no Ceará e mais seis estados.
Cerca
de 350 policiais federais e 28 policiais do Batalhão de Operações
Especiais da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (BOPE-PM/RN) cumprem
46 mandados de prisão preventiva e 90 mandados de busca e apreensão
expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal/RN nos estados do Rio
Grande do Norte, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará e
Pará.
Na Bahia, são cumpridos mandados em cinco cidades: Salvador, Simões Filho, Camaçari, Lauro de Freitas e Vitória da Conquista.
Durante
as investigações, iniciadas no final de 2021, foi identificado um grupo
logístico responsável pelo transporte e armazenamento da droga oriunda
da fronteira do Brasil com os países produtores e, em seguida, realizada
a “contaminação” de contêineres, ou seja, introduziam entorpecentes nas
cargas de frutas e outras mercadorias que teriam como destino os portos
da Europa.
Durante
o transcorrer do Inquérito Policial foram realizadas apreensões de
drogas nos Portos de Santos/SP, Salvador/BA, Natal/RN, Fortaleza/CE e
Barcarena/PA, além da interceptação de cargas nos países europeus de
destino (Bélgica, França e Países Baixos), totalizando cerca de 8
toneladas de cocaína apreendidas durante o curso da investigação.
A
Polícia Federal também identificou que três dos maiores traficantes em
atividade no Brasil eram os destinatários dessa droga no exterior, um
deles preso recentemente na Hungria.
Além
dos integrantes do núcleo operacional da quadrilha, diversas pessoas
físicas e empresas foram utilizadas para lavar o dinheiro do crime,
ocultando e dissimulando a origem dos valores ilícitos com o objetivo de
criar uma rede estruturada de tráfico internacional de drogas por
intermédio da exportação de mercadorias. Nesse ponto, foi deferido o
bloqueio do valor de R$ 169,6 milhões nas contas bancárias dos
investigados.
Os
presos nesta operação estão sendo encaminhados para as sedes da Polícia
Federal no Rio Grande do Norte, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Rio de
Janeiro, Ceará e Pará, e responderão na medida das suas participações,
pelos crimes de integrar organização criminosa (art. 2º da Lei nº
12.850/2013); tráfico internacional de drogas (art. 33, caput c/c 40,
inciso I, da Lei 11.343/2006) e lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei
9.613/1988), dentre outros em apuração.
O
nome da operação é uma alusão ao modus operandi da organização
criminosa que utilizava o transporte marítimo para exportar a cocaína
aos portos europeus.
Do Correio 24h para a Rede Nordeste
Via O Povo