Um
policial militar matou oito pessoas, sendo seis da família dele, em
Toledo e Céu Azul, cidades da região oeste do Paraná, durante a noite de
quinta-feira (14). As informações foram confirmadas pela Polícia Civil e
pela Polícia Militar (PM). Entre as vítimas estão três crianças e um
adolescente.
A
Polícia Militar informou que entre os mortos estão dois filhos do
agente, uma enteada, a esposa, a mãe dele, um irmão e outras duas
pessoas que estavam na rua. Veja a seguir:
- Kassiele Moreira Mendes Garcia, esposa, de 28 anos
- Miguel Augusto da Silva Garcia, filho, de 4 anos
- Kamili Rafaela da Silva Garcia, filha, de 9 anos
- Amanda Mendes Garcia, enteada, de 12 anos
- Irene Garcia, mãe, de 78 anos
- Claudiomiro Garcia, irmão, de 50 anos
- Kaio Felipe Siqueira da Silva, desconhecido do PM, 17 anos
- Luiz Carlos Becker, desconhecido do PM, 19 anos
Fabiano
Júnior Garcia, de 37 anos, trabalhava no 19º Batalhão de Polícia
Militar de Toledo e estava há 12 anos na corporação. A PM disse que o
agente trabalhou normalmente na quinta-feira e deixou o plantão por
volta das 19h.
A
PM acredita que, ainda em Toledo, o homem tenha matado a esposa e a
enteada de 12 anos. Depois, foi até a casa da mãe dele, onde a matou com
facadas. O irmão dele também foi morto, mas com disparos de arma de
fogo.
Em
seguida, a suspeita é que ele tenha se dirigido para Céu Azul, onde
matou os dois filhos que moravam com a avó materna. As vítimas foram
baleadas. Depois, conforme a polícia, o homem retornou para Toledo, onde
tirou a vida de dois jovens aleatórios que estavam passando pela
região, de 17 e 19 anos.
Por
fim, o policial tirou a própria vida. O comandante-geral da Polícia
Militar, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, informou que o agente enviou
diversas mensagens para os familiares no intervalo entre as mortes.
O
coronel disse que a Polícia Militar tomou conhecimento dos crimes e
tentou prender o agente antes que ele retornasse para Toledo para matar a
mãe, o irmão e outros dois jovens. "Os oficiais tentaram localizá-lo,
foi mandado reforço para lá. Ele falou para um oficial que estava
fugindo para Foz do Iguaçu, o que não era verdade. Foi tentado de todas
as formas para dar voz de prisão a ele", informou.
O
coronel disse ainda que o policial estava em processo de separação e
tinha algumas dívidas, conforme relato de colegas. "Não tinha nada que
desabonasse a conduta do soldado Fabiano. Não tinha nada, era um
excelente profissional. Causou estranheza, surpresa e decepção para
todos nós essa situação. Está sendo aberto inquérito policial militar
pra apurar o fato. Está sendo dado todo suporte psicológico pra família
frente a essa situação", afirmou.
A
arma utilizada era da Polícia Militar do Paraná. O carro que era usado
pelo agente foi apreendido e era particular. A Polícia Civil investiga a
motivação das mortes. Por meio de nota, a Polícia Militar lamentou o
caso e disse que o policial envolvido no caso não tinha registros de
problemas psicológicos. A PM disse que também disponibiliza atendimento
psicológico aos policiais da região.
Fonte: Portal G1