Sem acordo com o setor, a Enel elevou a cobrança para o uso de postes pelas empresas de internet.
Com
a medida adotada pela empresa, no que se refere ao uso de postes para
instalação de equipamentos, a União dos Provedores do Ceará (Uniproce)
estima que o preço médio do serviço das pequenas empresas, que atendem
cerca de 70% do mercado local, irá disparar de R$ 70 para R$ 240.
A
nova cobrança da tarifa para a instalação de equipamentos em postes é
discutida desde fevereiro deste ano. Após reuniões ao longo dos últimos
meses, não houve acordo entre a Enel e as representantes do setor. Ao
todo, são 1.293 estabelecimentos.
Atualmente,
a taxa paga pelos provedores à distribuidora é de R$ 12 por cada poste.
Segundo o presidente da Uniproce, Davi Leite, a Enel quer aumentá-la
para R$ 36 ou para um percentual gradual que pode corresponder a até
quatro vezes mais que o valor atual, a depender do número de
equipamentos instalados.
A
diretora Jurídica da Uniproce, Ana Aguiar, informou que “as entidades
irão recorrer judicialmente, além de acionar o Programa de Proteção e
Defesa do Consumidor (Procon) e a Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel)”, disse.
A
advogada avalia que, “caso a Enel mantenha a cobrança, será responsável
por um retrocesso da conectividade, desemprego e paralisação de
serviços em escolas, penitenciárias e outros fundamentais, que utilizam a
internet de pequenos provedores por meio de licitações, no Interior do
Ceará”, explica Ana Aguiar.
Por Marcelino Jr / Sistema Paraíso