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Foto: Divulgação/CBMRS. |
A mulher acusada de matar o ex-companheiro em 2016 e manter o corpo dele enterrado por quatro anos no quintal de casa em Arroio do Sal, no Litoral Norte do RS, foi condenada a 18 anos e 10 meses de prisão em júri popular, que terminou na madrugada desta sexta (20), em Torres.
Leda
Natalina Alves, de 61 anos, foi presa em flagrante em novembro de 2020,
depois que a polícia encontrou o corpo de Jonathan Martins de Almeida,
seu ex-companheiro, morto aos 33 anos, enterrado no quintal da casa. O
homem foi morto em 2016 e seu corpo foi mantido enterrado por quatro
anos, período em que ele era dado como desaparecido.
A
ré foi condenada por homicídio qualificado por motivo fútil, cometido
mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de
cadáver e falsidade ideológica. A defesa de Leda questiona as
qualificativas:
"Essas
qualificadoras não existem no processo. Em relação ao motivo fútil, por
ciúmes, ficou provado que ela não tinha ciúmes dele. Também não tem
nenhuma prova que aponte que ela dificultou a defesa da vítima", avalia o
advogado de defesa Vitor Hugo Gomes.
De
acordo com a denúncia do MP, Leda desconfiava de traições da vítima e
não se conformava com o fim do relacionamento. Ela teria desferido
golpes com uma garrafa na cabeça de Jonathan, o esquartejado e enterrado
o corpo. Dias depois do crime, Leda registrou o desaparecimento do
ex-companheiro à Polícia Civil.
Leda
Alves estava em prisão preventiva desde novembro de 2020, no Presidio
Estadual Feminino de Torres, onde deve permanecer presa. Um segundo réu
do processo, atual companheiro de Leda, foi acusado pelo Ministério
Público pelo crime de ocultação de cadáver, mas a juíza não encontrou
indícios de autoria ou de participação dele no caso.
Fonte: G1