Mais de 2 mil pessoas prestam homenagens aos pequenos mortos na tragédia

O velório das quatro crianças assassinadas no ataque a uma creche em Blumenau (SC) começou ainda na noite de quarta-feira (5) e terminou nesta quinta (6). Sob forte comoção, as pessoas se despediram de Bernardo Pabest da Cunha, de 4 anos, Bernardo Cunha Machado, de 5, e Larissa Maia Toldo, 7, no Cemitério São José.
Bernardo Machado foi enterrado às 10 horas, Bernardo Pabest da Cunha, às 10h30, e Larissa, às 11h30.
Oficiais da Marinha que trabalham com o pai de Bernardo Machado foram até o velório para prestar solidariedade à família. "Era um menino super extrovertido, super para cima, assim como o pai", diz o suboficial Carlos Martiniano, de 42 anos.
O corpo de Enzo Marchesin será enterrado às 14h na região norte de Blumenau. Mais de 2 mil pessoas prestam homenagens.
Investigações
O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, esteve no velório para prestar apoio às famílias. Ele comentou as investigações do caso. "Toda a inteligência da Polícia Civil está sendo usada para buscar situações de redes sociais, de denúncias, inclusive no celular desse indivíduo, se há alguma possibilidade de vínculo com alguém", disse.
Legenda: Creche foi alvo de atentado violento por jovem de 25 anos nessa quarta-feira (5) Foto: ANDERSON COELHO / AFP.
Segundo ele, a avaliação dada pelo delegado-geral nesta quarta foi apenas preliminar. "É uma primeira análise, mas para confirmação, de que [o criminoso] agiu sozinho, o que vai dizer isso é o celular dele."
O homem de 25 anos, que tinha quatro passagens pela polícia, pulou o muro da creche, matou quatro crianças entre 4 e 7 anos e feriu outras cinco, que têm quadro estável.
Reunião com diretores
Hildebrandt se reúne nesta quinta com diretores de escolas municipais, estaduais e privadas de toda a cidade. "O objetivo é traçar estratégias para o retorno às atividades na segunda", disse.
O prefeito também vai se encontrar com chefes das polícias Civil e Militar durante a tarde. "Nós queremos ampliar as ações de ronda, de presença da polícia nas ruas, para que a gente possa minimizar esse efeito de dor que os pais estão sentindo."
Fonte: Diário do Nordeste