O eclipse solar anular que
acontece neste sábado (14) em parte do Brasil só poderá ser observado
novamente em 2067, conforme o membro da Rede Brasileira de Monitoramento
de Meteoros, Lauriston Trindade.
Para
contemplar, é preciso usar óculos especiais e deve-se evitar olhar
diretamente para o eclipse. O g1 fez um tira-dúvidas de tudo que você
precisa saber sobre o evento. Confira!
Conforme Lauriston Trindade, existem três tipos de eclipses do sol: parcial, total e o anular.
O
parcial acontece quando a lua cobre somente parte do sol, diferente do
total, onde a lua aparenta estar maior que a estrela e o cobre
totalmente. Já o anular é quando a lua passa em frente ao sol, mas está
menor que ele - como mostra a imagem abaixo.
'Ela
encaixa no sol, mas fica uma borda como se fosse um anel luminoso ao
redor, que é justamente a parte do sol que a lua não conseguiu cobrir',
disse o astrônomo amador.
O
último eclipse anular aconteceu no estado em 1995 e o próximo aparece
em 44 anos.Este do sábado deve durar cerca de três horas. O momento
máximo, que é quando ele se torna angular, acontece por volta das 16h43
do sábado, no Ceará.
'O
momento da anularidade vai ser curtinho. Em algumas regiões aqui do
Brasil deve durar no máximo cinco minutos. Quase piscou, perdeu. Mas é
um tempo suficiente para você conseguir observar, fotografar'.
Lauriston
alerta, no entanto, que a observação deve ser feita com segurança, já
que o contato a olho nu pode causar prejuízos na visão, como catarata e
até cegar.
'Não
pode, de jeito nenhum, olhar diretamente, sem proteção. Óculos de sol
vai dar certo? Não! A lua vai cobrir em torno de 87% do sol, mas a borda
(que sobra) ainda é muito luminosa. Vai ser uma diminuição muito
pequena de luz', explicou Trindade.
A
recomendação, ainda, é evitar fazer exames de Raio-X e utilizar filme
fotográfico antigo. Deve ser usado um óculos específico para observação
ou um filtro de solda número 14, encontrado em lojas de material de
construção, que custa em torno de R$ 3 a R$ 5.
De Fortaleza, o eclipse vai poder ser observado tranquilamente, já que é uma região sem serras.
A Beira-Mar, point famoso nesses eventos, pode ser uma boa opção.
'Para
o restante do Ceará, é procurar fugir de regiões que tenham serras no
pôr do sol', disse o especialista, que mora na cidade de Maranguape e
vai se deslocar para contemplar o fenômeno.
Fonte: G1 Ceará