Uma
grave denúncia foi feita pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes,
sobre a crescente ameaça que milicianos e traficantes representam para a
construção civil na cidade. Segundo o prefeito, funcionários da
prefeitura trabalhando nas obras do Parque Piedade foram coagidos por
criminosos a pagar uma propina de R$ 500 mil. Esse episódio não é um
caso isolado, mas parte de um padrão preocupante de extorsão que afeta o
setor.
Eduardo
Paes, em sua declaração pública, revelou que a intimidação atingiu um
pico crítico quando um grupo exigiu a quantia sob a ameaça de paralisar
uma obra avaliada em R$ 110 milhões. Esses criminosos, identificados
como traficantes do Morro do Dezoito, já foram acusados anteriormente de
ameaçar moradores de um condomínio em Piedade, perto do futuro parque,
para que contratassem serviços ilegais de internet e TV.
Em
resposta a esse ambiente de ameaças, a prefeitura do Rio adotou a
medida de não mais exibir placas publicitárias nos canteiros de obras
que informem o valor investido em projetos de construção ou reparos.
Empresários
do setor, em conversas com a CBN, confirmaram que a extorsão não se
limita às obras públicas, afetando também projetos privados. Na Zona
Oeste, controlada por milicianos, a situação é ainda mais crítica, com
relatos de agressões a trabalhadores que atrasam os pagamentos exigidos
pelos criminosos.
Fonte: Hora Brasília