Saylor reclamou dos “monstros na parede” do quarto quando estava na casa da fazenda da família em Charlotte, no estado da Carolina do Norte, nos EUA.
A princípio, a mãe dela, Ashley Massis Class, e o marido não deram importância. Afinal, eles haviam acabado de assistir juntos ao filme de animação Monstros S.A., da Pixar.
“Nós até demos uma garrafa de água para ela, e dissemos que era um spray para monstro, que ela poderia borrifar para afastar qualquer monstro à noite”, relembra Massis Class, que é designer de interiores.
Um apicultor removeu de 55 mil a 65 mil abelhas da parede da casa
No entanto, nos meses que se seguiram, Saylor começou a insistir ainda mais que havia algo dentro do seu armário.
Tudo começou a fazer mais sentido quando a mãe dela percebeu que havia enxames de abelhas aglomerados perto do sótão e da chaminé, do lado de fora da casa da fazenda, construída há cerca de 100 anos.
Ela concluiu que Saylor poderia estar ouvindo o zumbido dos insetos próximos ao quarto.
Inicialmente, ela chamou uma empresa de controle de pragas, mas descobriu que os insetos voadores eram uma espécie de abelha protegida nos EUA.
A família entrou em contato então com um apicultor, que observou que os insetos estavam voando em direção ao assoalho do sótão — logo acima do quarto da pequena Saylor.
As abelhas haviam passado oito meses construindo uma colmeia gigantesca.
Com uma câmera térmica, o apicultor inspecionou as paredes do quarto da menina.
Ashley Massis Class estima que os danos causados pelas abelhas vão custar mais de R$ 100 mil
“Iluminou-se como (uma árvore de) Natal”, conta Massis Class.
O apicultor — a quem a menina começou a chamar de "caçador de monstros" — disse que nunca havia visto uma colmeia penetrar tanto na parede.
Ele localizou um buraco do tamanho de uma moeda na quina da ventilação do sótão. E derrubou a parede, revelando um enorme favo de mel.
“Elas começaram a sair dali como em um filme de terror”, recorda Massis Class.
O apicultor removeu entre 55 mil e 65 mil abelhas, além de 45 kg de favos de mel.
Foram realizadas três extrações por aspiração reversa dos insetos da parede para colocá-los em caixas. Eles estão sendo transferidos para um santuário de abelhas.
Massis Class teve que isolar o cômodo com uma tela entre as extrações para evitar que as abelhas se espalhassem pela residência.
Ela contou que as abelhas e o mel danificaram a fiação elétrica da casa. E, segundo ela, o seguro residencial não cobre nada relacionado a pragas, porque consideram que é algo que pode ser evitado.