Policial
penal teria sido algemado e amordaçado. Também teria ocorrido tiroteio
entre os fugitivos e os agentes. Forças de seguranças realizam buscas.
Vários
presos fugiram na noite deste sábado, 3 de agosto, da Unidade Prisional
Professor Clodoaldo Pinto (UP-Itaitinga2), localizada em Itaitinga
(Região Metropolitana de Fortaleza). O número de fugitivos ainda não foi
confirmado.
Além
de fugirem, os presos renderam policiais penais e subtraíram armas de
fogo. Um incêndio também é registrado nas proximidades do completo. As
causas ainda são apuradas.
Informações
repassadas pelo Sindicato dos Policiais Penais e Servidores do Sistema
Penitenciário do Ceará (Sindppen-Ce) apontam que a fuga ocorreu por
volta das 19h20min.
Conforme
informado, um policial penal foi rendido pelos presos no momento em que
trancava um interno em uma cela. Ele levou um golpe conhecido como
mata-leão e foi ameaçado com armas artesanais ("cossocos") e uma
pistola.
Além
disso, o policial teria sido algemado e amordaçado. Outros dois agentes
também foram rendidos pelos presos, divulgou o Sindppen.
Em seguida, os presos subtraíram armas e coletes e fugiram.
De
acordo com o Sindppen, na fuga, os presos atiraram contra policiais
penais, que revidaram. Ainda não há informações confirmadas sobre
quantos presos conseguiram fugir. O POVO apurou que parte deles foi
recapturada.
Dezenas
de policiais penais e militares foram acionados para as buscas aos
fugitivos. Helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas
(Ciopaer) também auxilia nas diligências.
O
POVO procurou a Secretaria da Administração Penitenciária e
Ressocialização (SAP), que disse, por meio de assessoria de comunicação,
estar apurando a ocorrência. A matéria será atualizada assim que houver
retorno.
A
presidente do Sindppen-CE, Joélia Silveira, divulgou vídeo em que disse
que a situação estava controlada na UPPOO II. Os policiais mantidos
reféns foram liberados e apresentam escoriações, disse a presidente.
Ela
denunciou ainda um baixo efetivo de policiais, o que geraria
"insegurança" nas unidades prisionais. "É uma tragédia anunciada há
muito tempo", afirmou.
*O Povo