Um
novo estudo revelou que o asteroide Apophis, nomeado em referência ao
"Deus do caos" da mitologia egípcia, pode ter um risco de colisão com a
Terra um pouco maior do que era previamente estimado.
Descoberto
em 2004, o Apophis inicialmente foi considerado um perigo
significativo, com uma pontuação 4 na Escala de Turim, que mede o risco
de impacto com a Terra e que vai até 10. Essa, segundo informações, foi
uma das maiores pontuações atribuídas a um objeto desde que a NASA, a
agência espacial americana, começou a monitorar asteroides
potencialmente perigosos.
Embora
estudos subsequentes tenham descartado a possibilidade de uma colisão
do asteroide com a Terra durante sua passagem, que deve ocorrer nos anos
de 2029, 2036 e 2068, novas análises sugerem que o risco, embora baixo,
ainda existe e pode ser um pouco maior do que se imaginava.
O
astrônomo canadense Paul Wiegert publicou um estudo no dia 26 de agosto
onde investigou a possibilidade de o Apophis ser desviado para uma
trajetória de colisão com a Terra por um pequeno asteroide ou outro
objeto espacial durante seu percurso.
Segundo
estimativas feitas por Wiegert, se o asteroide Apophis for atingido por
um objeto com aproximadamente 0,6 metros de diâmetro durante sua
trajetória atual, isso poderia potencialmente desviá-lo para uma das
rotas de colisão com a Terra após 2029. Por outro lado, se Apophis for
impactado durante este período por um objeto maior, com cerca de 3,4
metros de diâmetro, ele entraria de vez em uma trajetória que o levaria a
uma colisão direta com o nosso planeta já em 2029.
No
entanto, apontou Wiegert no estudo, a probabilidade de tal evento
ocorrer ainda é extremamente baixa, sendo calculada em menos de uma em
dois bilhões. Contudo, apesar da baixa probabilidade, Wiegert citou em
sua conclusão que o estudo elevou ligeiramente o risco de impacto, que
antes era praticamente descartado.
Conforme
informações do site IFLScience, Wiegert disse que a comunidade
cientifica deverá ter uma melhor noção da trajetória do Apophis quando
ele se tornar visível novamente em 2027. Durante esse período, será
possível observar se o asteroide sofreu algum desvio que possa colocá-lo
em rota de colisão com a Terra.
*Fonte: Gazeta do Povo