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PF faz operação para combater tráfico e comércio internacional de aves silvestres

Mandados são cumpridos no Ceará e em outros estados. Investigações começaram após a análise de dados do celular de um investigado cearense 


Arara-canindé resgatada durante operação
Legenda: Arara-canindé resgatada durante operação - Foto: Divulgação/PF.

 

A Polícia Federal deflagrou a Operação Aracê visando reprimir o tráfico internacional e o comércio ilegal de aves silvestres, em seis cidades do Ceará e em outros quatro estados — na manhã desta quinta-feira (5). Com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os agentes atuaram, no Ceará, em Aracati, Iguatu, Quixelô, Itapipoca, Crateús e Forquilha.

A ação mobilizou 150 policiais federais para cumprir 35 mandados de busca e apreensão no Ceará, em São Paulo, em Minas Gerais e no Paraná. O total de aves resgatadas não foi informado pela PF. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal no Ceará.

 

Aves apreendidas em gaiolas em operação
Legenda: Aves apreendidas em gaiolas em operação - Foto: Divulgação/PF.

 

Segundo a PF, as investigações tiveram início após a análise de dados telefônicos e telemáticos do celular de um cearense preso em flagrante em 2023 por envolvimento no comércio ilegal de animais silvestres. O nome dele não foi divulgado.

Durante os trabalhos, foram identificadas diversas conversas relacionadas à venda ilícita de aves, inclusive em grupos de mensagens dedicados ao tráfico internacional, transporte e armazenamento de pássaros.

Tipificação dos crimes

Os crimes investigados incluem maus-tratos, tráfico internacional e interestadual de animais silvestres, associação criminosa e receptação, além de lavagem de dinheiro e crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).

Conforme a PF, o nome da operação, Aracê, é do tupi-guarani e significa "aurora" ou "o canto matinal dos pássaros".

Além de reunir provas para a conclusão do inquérito policial, a operação realizada nesta quinta busca interromper os crimes ambientais em andamento, protegendo a fauna da exploração predatória. 

 

 

*Diário do Nordeste