O
 Ministério Público Federal (MPF) recebeu uma acusação alarmante da 
fisioterapeuta Maria Beatriz, ex-funcionária da Espaço Laser, empresa 
que conta com a participação da apresentadora Xuxa Meneghel como sócia. A
 denúncia aponta para condições de trabalho degradantes e uso inadequado
 de tecnologia que coloca em risco a saúde dos clientes.
Acusações de Trabalho Degradante
De
 acordo com Maria Beatriz, durante um treinamento realizado em São 
Paulo, as funcionárias da clínica foram compelidas a dormir no chão. A 
ex-funcionária também relatou que, em 2017, a unidade da empresa 
localizada no BH Shopping não possuía sistema de encanamento de água, 
obrigando as colaboradoras a carregar baldes de água para manter as 
atividades.
Além
 das condições de trabalho denunciadas, a fisioterapeuta alertou para 
perigos significativos relacionados ao uso do laser Alexandrite. Segundo
 Maria Beatriz, este tipo de laser é inadequado para pessoas com pele 
negra, parda, descendência asiática, bronzeada ou morena mais 
pigmentada, podendo provocar queimaduras severas.
Maria
 Beatriz afirma ter conhecimento de numerosos casos de clientes que 
sofreram queimaduras de primeiro e segundo grau após o procedimento. As 
áreas mais afetadas incluem rosto, testa, pescoço, costas e regiões 
íntimas. Apesar do crescente número de relatos, a clínica teria mantido o
 uso do aparelho sem realizar trocas ou adaptações necessárias para 
procedimentos em peles não recomendadas.
Resposta da Clínica e Repercussões Legais
Em
 meio às denúncias, a Espaço Laser iniciou uma ação judicial contra 
Maria Beatriz, medida que, segundo ela, busca intimidar e silenciar as 
acusações levantadas. A clínica ainda não se pronunciou oficialmente 
sobre as acusações no Ministério Público Federal.
Ações do Ministério Público
O
 MPF analisa a denúncia apresentada por Maria Beatriz, considerando 
tanto as condições trabalhistas narradas quanto os riscos à saúde dos 
clientes decorrentes do procedimento com laser. Se comprovadas, as 
práticas poderiam resultar em sanções severas para a empresa, além de 
possíveis compensações para as vítimas.
A
 denúncia de Maria Beatriz joga luz sobre questões cruciais acerca das 
condições de trabalho e da segurança nos serviços oferecidos por 
clínicas de estética no Brasil. O processo agora segue em análise, 
enquanto a comunidade acompanha de perto o desenrolar dos 
acontecimentos, que podem impactar significativamente o setor.
Via Folha do Estado
