A
ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou neste
sábado (16/11) a favor de manter o ex-jogador de futebol Robinho preso.
Com o voto dela, o placar no STF chegou a 5 a 1 para manter a prisão,
faltando apenas um voto para formar maioria.
O
Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, na sexta-feira (15/11), o
julgamento do pedido de habeas corpus (HC) feito pela defesa de Robinho.
A decisão será tomada por votação no plenário virtual da Corte, que vai
até 26 de novembro.
O
ex-jogador está preso na Penitenciária II de Tremembé, no interior
paulista, onde cumpre pena pelo estupro de uma mulher albanesa, na
Itália.
De
acordo com a ministra, “a impunidade pela prática desses crimes é mais
que um descaso, é um incentivo permanente à continuidade desse estado de
coisas de desumanidade e cinismo”.
“Mulheres
em todo o mundo são submetidas a crimes como o de que aqui se cuida,
causando agravo de inegável intensidade a quem seja a vítima direta, e
também à vítima indireta, que é toda e cada mulher do mundo, numa
cultura, que ainda se demonstra desgraçadamente presente, de violação à
dignidade de todas”, declarou a ministra, em seu voto.
Os
ministros que votaram a favor da prisão foram Luiz Fux, Luís Roberto
Barroso, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Cármen Lúcia. Faltam ainda
votar os ministros Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, André Mendonça,
Flávio Dino e Nunes Marques.
Gilmar Mendes defende soltura
Em
seu voto no habeas corpus, Gilmar Mendes divergiu dos demais ministros
da Corte, ao deferir a liminar que solicita suspender a homologação de
sentença estrangeira no Brasil. Para que o ex-jogador seja solto, é
necessário que a maioria dos 11 ministros do STF votem a favor de sua
liberdade.
Os
ministros analisam se mantêm a decisão do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), que homologou a sentença italiana e mandou Robinho cumprir no
Brasil a pena de 9 anos por estupro coletivo. Eles podem, porém, mudar
seu voto até o final do plenário virtual, em 26 de novembro.
Fonte: Metropoles