De acordo com o APF, policiais penais tiveram de usar munição menos letal para que Giovanni deixasse de praticar as agressões
Um preso foi autuado sob suspeita de ter matado um outro interno na última quinta-feira, 14, dentro de uma cela da Unidade Prisional Vasco Damasceno Weyne (UP-Itaitinga5), na Região Metropolitana de Fortaleza.
Conforme Auto de Prisão em Flagrante (APF), Giovanni Oliveira de Andrade Junior se utilizou de uma arma artesanal (“cossoco”) para lesionar Antonio Kaique da Silva Martins até a morte.
Ainda de acordo com o APF, policiais penais tiveram de usar munição menos letal para que Giovanni deixasse de praticar as agressões, já que ele não obedeceu às ordens de comando.
“Em seguida, o indiciado recebeu cuidados médicos, após alta médica, foi conduzido à Delegacia, não sendo possível colher seu depoimento, por estar alterado e transtornado”, consta na decisão da audiência de custódia à qual o suspeito foi submetido. A prisão preventiva dele foi decretada.
Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) informou que os dois presos entraram em uma luta corporal. Durante o embate, Giovanni teria atingido Antonio Kaique na altura do pescoço.
"A SAP comunica que os policiais penais de plantão intervieram de forma imediata para socorrer o interno ferido e imobilizar o interno agressor", prossegue a nota.
"As equipes de saúde da Unidade prestaram o socorro de emergência, acionaram o Serviço de Atendimento Móvel mas, infelizmente, o óbito foi constatado. O interno agressor foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil pelo crime em flagrante junto dos outros internos da cela como testemunha do ocorrido”.
A motivação do crime ainda é apurada. Não é a primeira vez que Giovanni agrediu um outro detento. Em 15 de janeiro deste ano, ele e outros presos agrediram um interno na Ala G da unidade prisional. Em 28 de fevereiro, Giovanni voltou a ser autuado por tentativa de homicídio após agredir com um cossoco um outro interno da UP-Itaitinga5.
Ele também responde por uma tentativa de homicídio contra um outro preso ocorrida em 2022, além de ter sido condenado por um assassinato registrado em 2011 em um bar da avenida Visconde do Rio Branco.
Fonte: O POVO