A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança e Sistema Penitenciário (CGD) disse ter instaurado processo disciplinar para apurar a ocorrência na seara administrativa. A Polícia Civil também investiga o caso na esfera criminal

Um ourives foi morto com tiros à queima-roupa na noite dessa segunda-feira (10), em Juazeiro do Norte, Interior do Ceará. O autor do crime, flagrado por câmeras de segurança, é um policial militar identificado como cabo José Naílton Campos. A defesa do militar não foi localizada pela reportagem.
Nailton e a vítima, identificada como Jorge Silva Melo, estariam bebendo em um estabelecimento comercial na cidade. Imagens das câmeras de segurança mostram que o PM saca a arma e efetua, pelo menos, quatro disparos.
Logo após o assassinato, o militar entra em um veículo modelo Saveiro, de cor branca, e foge.
[ATUALIZAÇÃO às 18h20]
O suspeito foi preso por policiais civis nesta terça-feira (11). Há informação que o cabo estava escondido dentro de um motel e alegou que efetuou os disparos em um momento de surto.
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🚨 Ourives é assassinado por PM com tiros à queima-roupa em Juazeiro do Norte; saiba mais: https://t.co/cgcgujNQvd pic.twitter.com/AgBY3TT9Hp
— Diário do Nordeste (@diarioonline) March 11, 2025
A Controladoria Geral de Disciplina (CGD) disse por nota "que instaurou processo disciplinar para apurar ocorrência na seara administrativa, estando este em trâmite. O Inquérito Policial está sob responsabilidade da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte".
AMEAÇA
A reportagem apurou que José Nailton já chegou a responder criminalmente por ameaça. Em fevereiro de 2025, o PM foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) pelo crime ocorrido em janeiro de 2023, em um hospital na cidade de Aurora.
Segundo a acusação, o cabo teria ameaçado por meio de palavras um outro PM, enquanto estava com "comportamento bastante alterado e sob a posse da sua arma de fogo".
Dias após a denúncia ser apresentada, a Justiça declarou extinta a punibilidade do denunciado devido à prescrição da pretensão punitiva do Estado, já que a pena de detenção neste caso seria de seis meses e "a prescrição do referido delito ocorre no prazo de dois anos".
(Diário do Nordeste)