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Grupo que fraudou auxílio emergencial e movimentou R$ 25 milhões em operações no Ceará é alvo da PF

Os suspeitos lesaram principalmente clientes da Caixa, onde houve um prejuízo de R$ 546.551,51, entre fraudes bancárias e pagamentos de boletos fraudulentos 

 

Foto de cartões apreendidos durante investigação por fraude bancária no Ceará
Legenda: Investigações iniciaram em 2020, após a prisão de três homens em flagrante na posse de aparelhos celulares, notebooks, cartões bancários e chips de operadoras - Foto: Divulgação/Polícia Federal.

 

Um grupo criminoso que iniciou um esquema de fraudes bancárias eletrônicas na época do auxílio emergencial, em 2020, e movimentou cerca de R$ 25 milhões em operações suspeitas no Ceará, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (29).

Junto à Caixa Econômica Federal e outras instituições financeiras, a força-tarefa descobriu mais de 70 processos de contestação bancária, abertos por vítimas da quadrilha. 

Conforme as investigações da Operação Mandacaru, os suspeitos lesaram principalmente clientes da Caixa, onde houve um prejuízo de R$ 546.551,51, entre fraudes bancárias e pagamentos de boletos fraudulentos. 

A força-tarefa cumpre nesta terça seis mandados de prisão preventiva, 17 de busca e apreensão e oito de bloqueio de bens. Os documentos foram expedidos pela Justiça Federal do Ceará, após a apuração da PF desvendar o esquema criminoso. 

Neste contexto, foram cumpridos ainda um mandado de prisão no Rio de Janeiro, outro na Bahia e dois mandados de busca e apreensão em São Paulo, além de um de prisão preventiva. 

'Esquema sofisticado' 

De acordo com a PF, os criminosos montaram um "esquema sofisticado de obtenção de dados pessoais de vítimas". Eles conseguiam abrir contas digitais em nome de terceiros e realizar diversas transferências financeiras fraudulentas. 

As investigações iniciaram em 2020, quando três homens foram presos em Crateús, no interior do Ceará, na posse de aparelhos celulares, notebooks, cartões bancários e chips de operadoras. 

"A partir da quebra de sigilos bancário e telemático, foi possível confirmar a existência da organização criminosa, que, após o fim do Auxílio Emergencial, expandiu suas atividades ilícitas para outras modalidades de fraude", indicou a PF. 

Os criminosos utilizavam amigos e familiares como "laranjas" para dificultar a identificação no esquema, enquanto os operadores das fraudes e recrutadores das contas bancárias. 

A Polícia Federal informou ainda que continua em investigação para "individualizar a responsabilidade de todos os envolvidos e responsabilizá-los nos termos da lei penal". 

 

 

Diário do Nordeste