STF mandou prender cinco suspeitos que também cobrariam R$ 150 mil para matar senador e R$ 100 mil para assassinar deputado.
A
7ª Fase da Operação Sisamnes deflagrada nesta quarta-feira (28) pela
Polícia Federal prendeu cinco acusados de oferecer serviços de
pistolagem cuja tabela de preços cobraria R$ 250 mil para assassinar
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), R$ 150 mil se o alvo fosse
senador e R$ 100 mil se a vítima fosse deputado. O caso envolve crimes
de espionagem e pistolagem, na organização criminosa investigada por
negociar sentenças do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os
suspeitos de integrarem um grupo denominado “Comando C4” (Comando de
Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos) seriam coautores e mandantes
do assassinato do advogado Roberto Zampieri com 10 tiros, em frente ao
seu escritório jurídico em Cuiabá (MT), em 2023.
A
operação determinada pelo ministro do STF, Cristiano Zanin, é resultado
do aprofundamento das investigações sobre a corrupção no STJ. E também
cumpre quatro mandados de monitoramento eletrônico, seis mandados de
busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.
Alguns
investigados também deverão cumprir medidas cautelares de recolhimento
domiciliar noturno, proibição de contato e saída do país, incluindo o
recolhimento dos passaportes.
Somente
neste mês de maio, o STF determinou três das sete fases da Sisamnes. No
dia 13, determinou o sequestro de bens e valores no montante aproximado
de R$ 20 milhões, na 5ª fase. E, no dia seguinte, determinou que a
Polícia Federal prendesse dois acusados de grave obstrução da Justiça,
contra o cerco ao esquema criminoso de venda de sentenças.
O
caso envolve crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva,
mercado de câmbio clandestino, evasão de divisas e organização
criminosa. E tem como investigados operadores de supostas propinas pagas
para comprar decisões judiciais no STJ, em uma rede
financeira-empresarial criada para romper a vinculação direta entre o
agente corruptor e o servidor público corrompido no comércio ilegal das
sentenças.
*Diário do Poder