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Após quase 3h de depoimento, pai de jogador do Fla deixa delegacia no Rio

Luiz Carlos negou que carro foi presenteado a miliciano.
Na quinta (14), jogador Luiz Antônio negou envolvimento com a quadrilha. 
O pai do jogador de futebol Luiz Antônio, investigado por suspeita de ligação com milicianos, deixou a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), no Centro do Rio, às 16h. Luiz Carlos Francisco Soares ficou quase 3h prestando depoimento no local na tarde desta sexta-feira (15). Ele reafirmou que um carro em nome do atleta foi roubado quando estava com ele – e não doado para milicianos.

Na saída da delegacia, Luiz Carlos afirmou que foi assaltado por duas pessoas que levaram seu carro.  "Com certeza o meu carro foi roubado", disse ele. "Eles foram extremamente violentos durante o assalto. Fiz o registro na delegacia que me mandaram ir", acrescentou.
Luiz Antonio (Foto: Marcelo Piu/ Agência O Globo) 
Luiz Antonio também prestou depoimento
(Foto: Marcelo Piu/ Agência O Globo)
Ele ainda confirmou que conhecia Alexandre da Rocha Antunes, conhecido como Sérgio Preto, policial e um dos envolvidos com a milícia desarticulada na quinta-feira (7) pela Polícia Civil. O homem se apresentava como "irmão de criação" de Luiz Antônio. "Mas não temos nenhum envolvimento com milícia", afirmou ele, ressaltando que qualquer outro esclarecimento deveria ser feito com o delegado Alexandre Capote.

Luiz Carlos foi intimado porque registrou o roubo de um carro de Luiz Antônio. No entanto, segundo a polícia, durante as investigações, surgiu a suspeita de que o meio-campo do Flamengo pode ter dado o veículo de presente a um chefe da milícia que atua na Zona Oeste da cidade.

Na quinta-feira (14), o jogador prestou depoimento por quase duas horas e negou ter presenteado um miliciano. Luiz Antônio não admitiu ser "irmão de criação" de um dos suspeitos de fazer parte da milícia e negou saber do envolvimento dele com a organização criminosa.

“Meu carro foi roubado, eu estava viajando e recebi o dinheiro do seguro. O carro foi roubado com meu pai dentro. Não tenho relação com essa milícia. Eu não sabia que ele participava dessa milícia, esse policial andava comigo. Ele se apresentava como meu 'irmão de criação', mas eu não sabia que ele participava de uma milícia, nunca saberia que um policial civil da ativa participaria disso”, disse o jogador.
Se o fato for comprovado nas investigações, Luiz Antônio pode responder por estelionato, já que recebeu o seguro do carro, e o pai, por falsa comunicação de crime. A acusação de formação de quadrilha também pode ser feita contra Luiz Antônio, caso fique provado que ele tinha elo com a quadrilha, que teve mais de 20 presos na quinta-feira passada (7).

'Irmão de criação' está preso
De acordo com os agentes, pesa na investigação, o fato de o policial Alexandre da Rocha Antunes ter sido o responsável pelo registro de roubo do carro do jogador na delegacia. Alexandre e mais 21 pessoas foram presas em operação da Polícia Civil. De acordo com a investigação, ele costumava dizer no trabalho que era "irmão de criação" de Luiz Antônio.

As investigações revelaram ainda que o miliciano ficou apenas três semanas com o veículo para não chamar atenção dos policiais. Ainda de acordo com a polícia, na ocasião, o pai do jogador disse que o carro foi roubado por dois homens em uma moto, em Guaratiba, na Zona Oeste.

Fonte: G1