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Abdel-Majed Badel Bary, 23, é um dos suspeitos de ter decapitado o jornalista norte-americano James Foley |
Os serviços secretos do Reino Unido identificaram três britânicos
jihadistas que teriam participado da decapitação do jornalista
norte-americano James Foley. Um deles é um ex-rapper chamado Abdel-Majed
Abdel Bary, 23, segundo o jornal britânico
"Daily Mail".
De acordo com a publicação, Bary é conhecido como "Jihadi John" e era
considerado uma promessa do rap em Londres. Na cidade, ele se
apresentava como "L Jinny". O jovem deixou a casa de seus pais no bairro
de Maida Vale, no oeste da capital britânica, no ano passado.
O
jornal teve acesso a imagens de 2012 de um perfil do Facebook, que já
foi removido. Nelas, Bary aparece usando roupas de marcas ocidentais e
em outras o jovem veste roupas militares e ostenta armas de combate,
como um rifle AR-15 e um fuzil M16.
Em uma de suas publicações,
ele faz defesa de grupos islâmicos fundamentalistas. "Aqueles que se
esforçam em defender a liberdade de mulheres indefesas e crianças são
estereotipados como extremistas e terroristas", escreveu.
21.ago.2014
- Combatentes curdos patrulham área da represa de Mosul, no norte do
Iraque. Apesar das falhas estruturais, a maior barragem do país com 3,6
km de extensão, construída por um consórcio alemão-italiano na década de
1980, é fonte vital de energia para Mosul, a maior cidade do norte do
Iraque com 1,7 milhões de habitantes. Os insurgentes do Estado Islâmico
havia tomado o controle da barragem nas últimas semanas. As forças
iraquianas e curdas conseguiram retomar o controle do local com a ajuda
de ataques aéreos dos EUA Youssef Boudlal/Reuters
Acredita-se que os três suspeitos de ter matado Foley, diz o "Daily
Mail", vivem em Raqqa (Síria). Os outros dois britânicos que fazem parte
do grupo são Abu Hassain Al-Britani, 20, e Abu Abdullah Al-Britani, 20.
Todos eles são chamados por seus companheiros de "John".
O
aparente assassinato de Foley, 40, e que foi sequestrado na Síria em
novembro de 2012, foi divulgado em um vídeo em fóruns jihadistas pelo
grupo Estado Islâmico (EI), no qual é possível ouvir o suposto executor
da decapitação do jornalista falar em inglês com sotaque de Londres.
Entenda a violência no Iraque
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O que está acontecendo?
Desde
que as tropas americanas saíram do Iraque, em 2011, o grupo islâmico EI
vem rapidamente ocupando cidades do país. Desde 6 de junho, já tomou
Mosul, segunda maior cidade e bastião da resistência à ocupação dos EUA e
aliados, e partes de Tikrit, cidade de Saddam Hussein próxima da
capital Bagdá. Desde então, cerca de 500 mil pessoas fugiram da região.
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Quem está atacando?
O
EI (Estado Islâmico), um grupo islamita sunita que declarou ter criado
um califado nas áreas sob o seu controle no Iraque e no Levante (parte
de Síria e Líbano). Seu principal líder foi Abu Musab al-Zarqawi, morto
em 2006. Hoje a liderança tem vários nomes, mas o principal é Abu Bakr
al-Baghdadi. Surgiu da união de grupos que lutaram contra a ocupação do
Iraque pelos EUA.
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O que é um califado?
É
uma forma de governo centrada na figura do califa, que seria um
sucessor da autoridade política do profeta Maomé, com atribuições de
chefe de Estado e líder político do mundo islâmico. O Estado, que
seguiria rigorosamente a lei do Islã, compreenderia a região entre o mar
Mediterrâneo e o rio Tigre.
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Qual o tamanho do confronto?
O
governo, que tem forte apoio xiita, perdeu o controle de grande parte
de norte e oeste do Iraque, e agora pede que civis peguem em armas para
lutar contra a milícia. O Exército de 930 mil integrantes, que, em tese,
seria suficiente para derrotar o grupo, não conseguiu barrar o EI em
outras cidades já tomadas. Até agora, mais de 5.500 iraquianos foram
mortos só neste ano, segundo a ONU.
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Qual a força do EI?
O
grupo, que recebe grandes doações ocultas de dinheiro, tem milhares de
militantes, inclusive "jihadistas" americanos e europeus, e se aproveita
da disputa entre o governo de Maliki, apoiado pelos xiitas, e a minoria
sunita para conquistar espaço. Acredita-se que seja patrocinado por
governos da região. Embora seja considerado um braço da Al-Qaeda, se
rebelou e foi expulso pelo líder Al-Zawahiri.
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O Iraque pode se dividir?
Apesar
de o governo central de Bagdá ainda controlar oficialmente as
províncias do país, é possível que haja a fragmentação em ao menos três
territórios. Isso porque a divisão do Iraque entre árabes sunitas,
xiitas e curdos já está bem avançada
(Com agências internacionais)
Fonte: Uol Notícias